A colocação de três lombas, recentemente, na vila da Pampilhosa foi questionada, na manhã de ontem, 18 de fevereiro, pelos vereadores da coligação “Juntos pelo Concelho da Mealhada”, aquando da reunião camarária do Município da Mealhada. Em resposta Rui Marqueiro, presidente da autarquia, defendeu que à Câmara “chegam, regularmente, pedidos para colocação de lombas”, assim como para que sejam retiradas, e que o problema continua a ser o “excesso de velocidade dos automobilistas”.

Após a colocação de lombas, na semana passada, na Rua do Futuro e na Rua da República, na Pampilhosa, o assunto “saltou” para as redes sociais numa publicação onde, maioritariamente, as opiniões são desfavoráveis à medida, mas onde também as há positivas.

E devido a esta publicação, Sónia Branquinho, da coligação, disse, ontem, ter sido questionada por munícipes acerca “do critério de colocação das lombas, bem como os materiais utilizados”.

Em resposta, Rui Marqueiro declarou que “as lombas redutoras são pedidas por pessoas que se queixam da velocidade excessiva dos automobilistas em alguns troços”. O passo seguinte, diz o autarca, é o do “encarregado de tráfego avaliar o local e ver se há, ou não, razões para a colocação de uma lomba, estando lá um bocado e, na maioria dos casos, apercebendo-se que os carros passam nas localidades a mais de 100 km/hora”.

“É uma situação difícil de regular, onde o maior problema é o os condutores não ligarem nenhuma ao código da estrada”, continuou o edil, acrescentando que “não há um critério científico (para a colocação de lombas), mas sim uma avaliação (no local)”.

À declaração de Hugo Silva, também da coligação, de que “as lombas fazem estragos nos carros”, Rui Marqueiro referiu que isso só acontece “quando a velocidade não é moderada”.

O autarca acrescentou ainda que, há uns tempos, “circulou um abaixo-assinado para se tirar uma lomba, ao mesmo tempo que circulava outro para a manter!” e terminou o assunto garantindo “remeter para as reuniões de Câmara todos os pedidos que receber”.

Contactada pelo jornal, Rosalina Nogueira, presidente da Junta de Freguesia da Pampilhosa, disse-nos que receciona “muitas queixas de velocidade de veículos” munidas de pedidos de colocação de lombas, mas também solicitações para que sejam retiradas. Informações que a autarca garante remeter para a Câmara Municipal “por não ser da competência da Junta”.

Agendados na ordem de trabalhos estavam também os pontos referentes à descentralização das competências nas áreas da proteção e saúde animal e de segurança dos alimentos, educação, cultura e saúde. Mas Rui Marqueiro referiu que a análise aos quatro decretos teria que ser adiada, uma vez que estava em “falta informação fidedigna dos Ministérios”, nomeadamente, do da Educação e Saúde.

Em relação à Educação, o autarca adiantou ainda, e questionado pela oposição, que “a grande diferença do que já está implementado” será ao nível dos transportes e na gestão das cantinas, “onde o trabalho será administrativo com a contratação de empresas” que prestarão os respetivos serviços. Guilherme Duarte, vice-presidente da autarquia, acrescentou também que as despesas correntes, como água e luz, serão da responsabilidade da Autarquia.

 

Mónica Sofia Lopes