O departamento de formação “NaturalForm”, da clínica “Naturalmed”, na Mealhada, promoveu na manhã de 11 de março, no Espaço Inovação da cidade, uma palestra, gratuita, de Medicina Chinesa. “Acupunctura na dor crónica” e “Auriculoterapia e avanços científicos” foram os temas abordados por Sandra Silvério, diretora e Professora no Instituto Brasileiro de Therapias e Ensino (IBRATE), do Brasil, e autora do livro “Atlas de DSC02231auriculoterapia de A a Z”.

Para uma plateia de uma dezena de participantes, ligados à área, Sandra Silvério começou por explicar a principal causa das pessoas procurarem a acupunctura. “Se alguém tiver uma dor de cabeça ou dor na coluna forte, o que faz? Toma um remédio ou vai ao hospital porque a dor aguda faz com que as pessoas procurem o tratamento imediato”, disse a palestrante da iniciativa, garantindo: “mas se as pessoas tiverem uma dor persistente, crónica, ai sim a acupunctura tem ferramentas para isso e as pessoas querem-nas”.

Segundo a diretora do IBRATE o atual momento e as próximas décadas são essenciais para a realização tratamentos de saúde. Baseando-se na Teoria de Ciclos de Kondratieff, Sandra Silvério explicou que “o autor considera que, de cinquenta em cinquenta anos, a economia vive momentos.  Se até 2004 a economia girou à volta da informação e seus sistemas, como o telemóvel, computador, etc., até 2050 será a vez da saúde e dos aspectos psicossomáticos”.

“E este período deve-se muito ao facto de anterior, relacionado com as tecnologias”, disse Sandra Silvério, garantindo que “a tecnologia, de uma maneira geral, ‘quebrou’ as pessoas”. “Cabe-nos agora a nós, do setor da saúde, tratarmos o ciclo anterior, tais como, as tendinites, problemas de coluna, psicológicos,…”, afirmou a palestrante.

E quando se fala em saúde, Sandra Silvério fala de “naturismo, ecologia e auto estima”. “É no naturismo que as pessoas estão a procurar a acupunctura”, referiu a Professora no IBRATE, explicando, de seguida, os vários tipos de tratamentos existentes na acupunctura: “sistémica (clássica), auricular, craneana chinesa, craneana japonesa, coreana da mão e constitucional coreana (esta última, ‘que trabalha com a psicologia e onde a entrevista inicial tem que ser muito bem feita’)”.

Tudo isto, e segundo Sandra Silvério, pode ainda receber a ajuda de “recursos complementares”, tais como, “moxabustão, ventosaterapia e electroacupunctura”.

No Brasil, e segundo a convidada, o curso ligado à Medicina Tradicional Chinesa já tem “quase setecentos alunos” e “já há vontade dos hospitais públicos em complementar estes tratamentos com os da medicina convencional, como é o caso de uma Maternidade em Curitiba, onde os resultados de estágios voluntários foram excecionais”.

A iniciativa, que se realizou na Mealhada, marcou, oficialmente, os “lançamentos” da NaturalForm e a parceria desta com o IBRATE.