A Associação do Carnaval da Bairrada vai a eleições para o triénio 2025/2028, na noite desta segunda-feira, dia 29 de setembro, das 20h30 às 23h00, na Escola Profissional Vasconcellos Lebre, na Mealhada. Na corrida estão duas listas, uma encabeçada por Victor Ferreira, atual presidente da direção; e outra por Márcio Freixo, o tesoureiro que se demitiu há quinze dias, alegando lacunas de teor financeiro na gestão da dita associação com reparos ao presidente. Após esta demissão, recorde-se, seguiu-se a da vice-presidente da direção, Mafalda Novais, levando o presidente da mesa da assembleia-geral a marcar novo ato eleitoral.

Designada como lista C está a lista encabeçada por Márcio Freixo, que conta na direção como vice-presidente Rui Goulão, como tesoureira Inês Duarte e como secretária Sónia Coleta. Liliana Ruivo, Tiago Mamede e Ricardo Ferreira são os vogais. Sónia Silva e Nuno Silva são os suplentes. Carla Carvalheira é candidata, pela mesma lista, a presidente da mesa da assembleia-geral, tendo consigo Elisabete Ramalho e Patricia Grilo como secretárias e Ricardo Abantes como suplente. No conselho fiscal, o candidato a presidente é Daniel Morais, Thomas Oliveira na vice-presidência, Nanci Lopes como secretária e Ricardo Inácio como suplente.

Na designada lista F, recandidata-se a presidente da direção Victor Ferreira, contando com Vera Veiga na vice-presidência, André Dinis como tesoureiro e Ana Santos como secretária. Soraia Silva, Andreia Rosa e Diogo Rola são os vogais. Filipe Almeida, Ana Ferreira, Barbara Santos e Ana Santos são os suplentes. Na mesma lista, Telmo Sousa é o candidato a presidente do conselho fiscal, tendo consigo António Santos como vice-presidente, Filipe Lopes como secretário e Fátima Lopes como suplente. Na mesa da assembleia-geral, candidata-se a presidente António Rodrigues, tendo como secretários Nuno Brás e Vanessa Neves. Olga Fernandes é suplente.

Márcio Freixo admite que a sua candidatura surge muito pelo facto de a sua demissão ter levado a um novo ato eleitoral. «Como normalmente não são assim tantas as pessoas a quererem esta responsabilidade, resolvi assumir uma candidatura. Por outro lado, entendo que a ACB não pode continuar somente a preocupar-se com o Carnaval e com o Festival de Samba», declarou o candidato, explicando algumas das ideias que quer implementar, nomeadamente, «apresentar contas publicamente de três em três meses e pedir de dois a três orçamentos nas aquisições de compras; manter a contabilidade organizada que obriga a que tudo seja registado e declarado e que começou comigo no passado mês de junho;  iniciar o processo para que a ACB seja considerada entidade de utilidade pública; criar um regulamento de sócios, com campanha digna e em sintonia com as escolas; formar uma equipa para reestruturação profunda dos estatutos; reformular o Festival de Samba; e organizar um evento na época de Natal».

Victor Ferreira recandidata-se alegando, «em primeiro, ser uma forma de mostrar que aquilo que me acusaram não é verdade; em segundo porque o grupo que está comigo fez questão que me juntasse e estivesse enquanto presidente, dando-me um grande voto de confiança». «Não estamos com aquela mentalidade de que tudo está ganho. O que queremos é que as pessoas votem em consciência e pelas pessoas, uma vez que o que está em causa é o nosso Carnaval e as escolas de samba e é em prol deles que queremos trabalhar», disse.

Sobre as medidas mais importantes que quer implementar estão «a reformulação dos estatutos da ACB e do regulamento do concurso de escolas de samba; e uma proposta para que a gestão financeira passe para a Autarquia e a ACB fique somente responsável pela organização do evento, levando-nos a estar muito mais empenhados no Carnaval e menos preocupados com a gestão financeira, que nos tira muito tempo».

 

Mónica Sofia Lopes