O executivo da Câmara da Mealhada adjudicou, por unanimidade, a empreitada de reabilitação do “Chalet Suisso”, na Pampilhosa, pelo valor de 1.923.900 euros, uma obra que terá um prazo de execução de 365 dias.
“O imóvel histórico, situado junto à Estação de Caminhos-de-Ferro, na Pampilhosa, está em estado de degradação e o objetivo da intervenção é a recuperação e conservação do património e a intervenção a nível da mobilidade naquela zona, já que a casa dispõe de terrenos que possibilitarão a abertura de novas vias”, lê-se num comunicado de imprensa da Autarquia da Mealhada que acrescenta que “com a empreitada visa-se proceder à reabilitação do edifício, englobando trabalhos de restauro, de estuques, pinturas e outros revestimentos, de carpintaria, de canalizações e condutas e de ajardinamentos. Inclui, ainda, trabalhos de instalações elétricas, de infraestruturas de telecomunicações, sistemas de extinção de incêndios, de segurança e de deteção, de aquecimento, ventilação e refrigeração e de impermeabilizações e isolamentos”.
Na reunião do executivo, que se realizou no passado dia 13 de dezembro, António Jorge Franco, presidente da Câmara da Mealhada, manifestou-se reticente quanto ao valor da obra, mas garantiu que a obra seria para avançar: “O projeto é muito interessante e agradou-me”.
Também Gil Ferreira, vereador da Cultura do Município, afirmou que “a obra está inserida num conjunto de outras obras de que a Pampilhosa precisa” e congratulou “a etapa em que a empreitada (do Chalet) vai agora entrar”.
Sobre o assunto, também Filomena Pinheiro, vice-presidente da Câmara da Mealhada, declarou: “Obviamente que estamos a falar da recuperação do património, mas estamo-nos a limitar a fazer a recuperação do espaço. Era melhor se houvesse um plano estratégico para a sua ocupação…”.
À margem da reunião, o presidente da Câmara da Mealhada, garantiu ainda tratar-se de uma intervenção “no valor de dois milhões de euros só para a sua recuperação”. “Agora temos de ir buscar financiamento”, adiantou ainda, referindo poder vir a ser “um espaço museológico de interesse municipal”: “Iremos ver outros edifícios idênticos, como os de Sintra. A arquitetura interior e exterior do ‘Chalet Suisso’ poderá ter grande interesse ao nível turístico”.
Recordamos os nossos leitores que o emblemático edifício, onde chegou a pernoitar a família real, foi mandado construir em 1886, pelo industrial hoteleiro Paul Bergamin, e será colocado ao serviço da cultura.
Texto de Mónica Sofia Lopes
Imagem com Direitos Reservados