Faleceu, vítima de doença, António Coleta Gradim, aos 80 anos, natural e residente na Mealhada e um dos elementos de um grupo de seis que constituiu a Associação do Carnaval da Bairrada em 1979. O seu funeral realiza-se esta terça-feira, 29 de julho, pelas 17h30, no Crematório de Coimbra, em Taveiro. «A pedido do falecido quem tencionar oferecer flores, substitua o valor das mesmas, por donativos a favor dos Bombeiros Voluntários da Mealhada», lê-se na nota do seu falecimento por parte da funerária.
Pelas ruas da cidade da Mealhada, local onde residia, não há quem não conheça o «senhor Gradim», as suas longas caminhadas, durante anos, e a sua habitual paragem no Café Central, hoje designado de Giga.
Mas a sua ligação à terra e ao associativismo vem de há décadas, sendo um dos outorgantes da constituição da Associação do Carnaval da Bairrada a 5 de maio de 1979, que ainda hoje perdura e é a responsável pela organização do Carnaval Luso Brasileiro da Bairrada. O seu nome faz parte de um grupo, que se deslocou ao Cartório Notarial da Mealhada para constituir a ACB e estabelecer os respetivos estatutos, onde estavam também Luís Marques, Carlos do Vale, Franklim Amorim, Valeriano Cardeira e João Gradim.
Anos antes, em 1973, fez também parte de um grupo criado para participar no Carnaval da Mealhada, evento que se realiza desde 1971, designado de «Cleto». Junto de António e «Dina» Gradim, sua esposa, estavam também nomes como Ivete e João Peres, Manuel e Clarinda Coleta, António Carlos Andrade, entre muitos outros. Terá sido este o grupo que deu origem ao Batuque, a segunda escola de samba mais antiga do Carnaval da Mealhada, formada pelos filhos destes participantes do Cleto.
António Gradim era casado e tem duas filhas, Catarina e Paula.
Texto de Mónica Sofia Lopes
Fotografia com Direitos Reservados
























