«Contado à Guitarra» é o novo disco, o segundo editado a solo, de Ricardo Silva, natural de Pombal, mas residente no concelho da Mealhada há cerca de um ano. O jovem, que toca guitarra portuguesa desde os sete anos, tem no seu currículo o acompanhamento musical de diversos músicos portugueses – Fábia Rebordão, Raquel Tavares, Paulo Carvalho, entre outros -, onde se destaca, em 2016, alguns concertos da tour de lançamento do álbum “Mundo” da fadista Mariza. Fez também participações especiais em diversos projetos com Ala dos Namorados, Anaquim e Sangre Ibérico.

Com 31 anos, Ricardo Silva, recorda que foi aos sete anos que, “por influência do pai”, a quem designa de “seu primeiro grande mestre”, começou a tocar guitarra portuguesa, tendo feito a sua estreia oficial, como guitarrista, aos catorze anos. É, nesta altura, que inicia estudos, na área da música, em Coimbra. “Tive mestres como Ricardo Dias, Fernando Marques, Bruno Costa, Jorge Gomes e José Santos Paulo”.

Em 2004, participa na Grande Noite do Fado em Lisboa e consegue arrecadar o segundo lugar na classe de instrumentistas. Volta no ano seguinte e traz para casa o primeiro prémio.

Mestre em Ensino da Educação Musical para o Ensino Básico, pela Escola Superior de Educação de Coimbra, o jovem é também licenciado em Guitarra Portuguesa pela Escola Superior de Artes Aplicadas, de Castelo Branco, onde teve como mestre Custódio Castelo, e onde concluiu o Mestrado em Música em 2017.

Antes disso, em 2013, finalizou o oitavo grau do curso de Guitarra Portuguesa no Conservatório de Música de Coimbra. E em novembro de 2012, em conjunto com o pai e o irmão – Tó Silva e João Siva, respetivamente -, é condecorado com a Medalha de Ouro de Mérito Cultural, pela Câmara Municipal de Pombal, de onde é natural.

O seu percurso musical conta com diversas participações especiais, desde concertos a registos discográficos, em projetos dos mais variados estilos musicais, tais como, Ala dos Namorados, Anaquim e Sangre Ibérico. A Banda da Catraia é o grupo que integra desde 2013, no qual é compositor, autor, intérprete e arranjador.

Em 2015, integra a Orkestra Luasiberica, no âmbito do Festival Sete Sóis Sete Luas, onde partilha o palco com músicos de vários países: Celina da Piedade, Manecas Costa, Gustavo Roriz, Juan Pinilla e Elena Floris.

Em 2016, estreia-se a acompanhar a fadista Mariza em alguns concertos da tour de lançamento do seu álbum “Mundo” e, atualmente, colabora com diversos artistas do panorama nacional, nomeadamente, com Fábia Rebordão, Jorge Fernando, Raquel Tavares, Marco Rodrigues, Paulo de Carvalho etc.

Em 2017 realizou o concerto de Ano Novo com a Orquestra Clássica do Centro, na Igreja do Convento de São Francisco, em Coimbra.

Participou também no Festival da Canção 2017, acompanhando a canção de Celina da Piedade, Primavera, e realizou o concerto “A Guitarra Portuguesa na transição dos séculos XIX e XX” no X West Coast Early Music Festival 2017.

Neste momento conta com dois discos editados a solo. O primeiro intitulado “Semente (2014)” e o segundo, lançado há cerca de um mês, de seu nome “Contado à                     Guitarra”.

Natural de Pombal, reside, no concelho da Mealhada, mais precisamente na localidade de Mala, há cerca de um ano. Ao «Bairrada Informação», Ricardo Silva, mostra-se “feliz”, por conseguir “viver da música”. “Esta é a minha profissão a tempo inteiro, que divido entre concertos e aulas de guitarra portuguesa na Academia de Música de Coimbra”, enalteceu.

 

Texto de Mónica Sofia Lopes

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