No Dia Mundial do Enoturismo, o Município da Mealhada homenageou os aderentes da marca «4 Maravilhas da Mesa da Mealhada – Água, Pão, Vinho e Leitão» com a entrega de um diploma de reconhecimento. A cerimónia, que contou também com a inauguração da exposição «Matéria que Respira», do artista mealhadense José Rosa, aconteceu na antiga Destilaria do Instituto da Vinha e do Vinho, na cidade da Mealhada.
O empenho e dedicação dos 28 agentes da marca «4 Maravilhas», que engloba a água de Luso, as padarias, produtores e restaurantes, foram reconhecidos, na tarde do passado domingo, tendo estado presentes cerca de uma dezena dos homenageados. «A entrega dos diplomas de reconhecimento é um ato simbólico, mas muito significativo para nós», declarou Joaquim Correia, do setor do Turismo da Autarquia, corroborado por Filomena Pinheiro, vice-presidente da Câmara, que enfatizou que «é uma homenagem com um profundo agradecimento, num dia especial e num edifício, que marcou a economia do concelho, com o empenho dos empresários». «Estamos num espaço emblemático e histórico e trazer-lhe vida é mostrar outras dinâmicas do nosso município», acrescentou.
E porque o dia era dedicado ao setor vínico, Joaquim Correia recordou que «o vinho deixou de ser apenas um produto para ser uma experiência completa, numa viagem pelos sentidos, que junta paixão, amor e arte». Filomena Pinheiro acrescentou que o trabalho de divulgação é essencial em todo o processo de enoturismo: «Podemos ter o melhor vinho do mundo, mas se não o soubermos comunicar, ficamos todos a perder».
Na ocasião foi ainda inaugurada a exposição «Matéria que respira», de José Rosa – José Arts, oriundo do Travasso, freguesia da Vacariça, que estará patente até dia 30 de novembro, abrindo de quinta-feira a domingo, das 14h30 às 17h30, na antiga Destilaria do IVV. Aos sábados haverá visita guiada com o autor, que estará no local a fazer trabalho ao vivo, incluindo bijuteria executada com casca de ovo de avestruz. «Através do uso de óleo, “china clay”, verniz preto do Japão, areia, madeira e cola de madeira», o artista constrói superfícies que parecem «pulsar, expandir e reagir ao toque do tempo e da luz». «A arte abstrata passa primeiro pelo realismo», disse o artista, explicando que a mostra é para ser visitada mais do que uma vez: «Quando se olha para um quadro nunca se olha tudo».
A cerimónia terminou com um momento musical por parte do artista PAMA, Paulo Alexandre Andrade, que, já este ano, conquistou o troféu de Melhor Interpretação, no Festival Nacional da Canção Rural, que decorreu em Borba, no distrito de Évora, com o tema «Saudade de ti», que homenageia precisamente um empresário da restauração, já falecido, «dr.º Rocha», médico de profissão.
Além deste momento, o dia contou com uma caminhada interpretativa do medronheiro, na Mata Nacional do Bussaco, seguida da prova de aguardente de medronho.
Mónica Sofia Lopes






























