Hermínio Pires apresentou, publicamente, na tarde de ontem, a sua terceira obra, intitulada «Mealhada – Má, Mealhada Linda», que foi editada pelas Publicações da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada, entidade que, no passado dia 15, comemorou 119 anos. A capa do livro contou com o contributo dos lusenses Óscar Carvalho e José Moura. A cerimónia contou com uma sessão de autógrafos, o cantar dos parabéns à instituição e ainda um momento cultural com o flautista André Pleno.
Tem 85 anos e depois das obras «Pedrinhas» e «A Senhora de Branco», lançou, esta sexta-feira, na Escola Profissional Vasconcellos Lebre, o seu novo livro. «É um livro diferente», começou por dizer Nuno Canilho, a quem coube a responsabilidade do prefácio da obra, que garantiu ser «um orgulho quando um mealhadense escreve um livro, mas é ainda mais especial quando essa obra incide sobre a nossa terra». «Este livro tem tudo para ser transformado, servindo para que as pessoas conheçam a história do nosso território. É um livro com muito potencial do ponto de vista pedagógico. Vai ser muito bom para o futuro», disse ainda.
Com início na zona do Bussaco, o livro conta, segundo o seu autor, «várias histórias passadas na Mealhada e no país». «Ao lê-lo quero que as pessoas sintam que esta terra tem futuro», disse ainda, congratulando o facto de a apresentação do livro acontecer nos 119 anos da Misericórdia da Mealhada: «Estamos em festa e a dar reconhecimento a uma instituição de grandes homens e mulheres que lutam para que esta “casa” se mantenha».
Marta Pires, neta do autor e em nome da família, falou de Hermínio Pires enquanto «sinónimo de poesia, de histórias, gentileza, criatividade, alegria, afeto, amizade, diversão, força e coragem». «Nesta obra quis saber mais sobre a sua terra, a que o viu crescer e viver, por isso, contém muitas histórias de um passado comunitário», enalteceu, confessando que «a família tem um imenso orgulho» no autor.
A apresentação do livro, promovida pela Santa Casa da Misericórdia da Mealhada, simboliza, segundo a instituição, «a continuidade de uma missão de proximidade, solidariedade e valorização da identidade local». «Ao associar a dimensão cultural à celebração institucional, reafirmamos o seu compromisso em preservar o património humano e histórico da Mealhada, promovendo o encontro entre gerações e a partilha de memórias», lê-se numa nota.
«Foi uma coincidência muito bonita esta edição, da autoria de um grande mealhadense, acontecer no nosso aniversário», enfatizou João Peres, provedor da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada, que, sobre a data comemorativa, agradeceu «a todos os que, diariamente, contribuem para a concretização da missão social da Santa Casa, em prol dos mais frágeis e da comunidade mealhadense».
Mónica Sofia Lopes