A Câmara da Mealhada aprovou, por unanimidade, em reunião do executivo municipal, a última antes das eleições autárquicas, a adjudicação da expansão da Zona Industrial da Pedrulha, em Casal Comba, no concelho da Mealhada.
A empreitada «Expansão da Zona Industrial da Pedrulha e Beneficiação da Zona Industrial Existente» foi adjudicada por cerca de quatro milhões de euros à empresa Construções Carlos Pinho, Lda. A empreitada terá uma ampliação de cerca de 16 hectares, tendo como prazo de execução dois anos. «Serão criados 23 lotes, um deles para serviços, prevendo o projeto a criação de serviços partilhados de apoio às empresas, zonas verdes e barreira arbórea, bacia de retenção de águas pluviais, ciclovias e rotunda de acesso à Estrada Nacional 234, repavimentação e passeios. Contempla também a utilização de energia elétrica de fontes renováveis para iluminação pública», lê-se num comunicado municipal, remetido após a sessão.
«Foi um processo longo, mas feito em tempo recorde. Alteramos PDM, fizemos projeto e adquirimos terrenos no valor de um milhão de euros», referiu António Jorge Franco, presidente da Câmara da Mealhada, acrescentando que «os serviços da Autarquia e a dedicação dos funcionários foram fundamentais» em todo o processo. «Em paralelo com a obra, preparámos tudo para que ainda este ano haja um regulamento e as empresas se possam candidatar. Defendemos também um condomínio industrial», disse o edil, declarando ainda: «Queremos uma zona industrial apelativa e que rapidamente gere riqueza no concelho. Este é um grande investimento para o concelho e para a região. Haja pó e máquinas no terreno».
Rui Marqueiro, vereador eleito pelo Partido Socialista, alertou para constrangimentos que possam surgir, nomeadamente, com os processos em hastas públicas.
Já na última reunião o tema da Zona Industrial da Pedrulha foi espoletado por um munícipe, um dos que vendeu um terreno à Autarquia para o alargamento desta zona industrial. «99% das pessoas não complicou a vida à Câmara e agora chegámos ao IRS e fomos altamente lesados», disse um munícipe, apelando a que a Autarquia possa emitir um documento garantindo que «se não houvesse acordo, a Câmara utilizaria a ferramenta de expropriação. Só com esse documento podemos ser ressarcidos desse valor». Pedido que o autarca referiu ir agilizar com os serviços.
Texto de Mónica Sofia Lopes
Fotografia de Arquivo com Direitos Reservados