A Feira de Artesanato e Gastronomia da Mealhada 2025, que se realizou de 7 a 15 de junho, à cidade da Mealhada milhares de pessoas, dos quais se destacam, com maior afluência de publico, as noites dos espetáculos de Gabriel o Pensador e dos D.A.M.A.
“Pela música, pelo artesanato ou pela gastronomia, o centro da Mealhada foi o ponto de encontro de residentes e visitantes em mais uma edição da Feira de Artesanato e Gastronomia da Mealhada. Com mais de cem expositores estrategicamente colocados junto ao Jardim Municipal e na Avenida 25 de Abril, o certame voltou a atrair atenções, quer para o mais diversificado artesanato presente, com artesãos a trabalhar ao vivo, quer para a gastronomia, desde o prato mais requintado aos vários petiscos em vários pontos da Feira. Um espaço para crianças, diversões e vários serviços de apoio, ofereceram a maior comodidade a quem visitou a Mealhada ao longo dos últimos dias”, lê-se num comunicado municipal, que acrescenta que “com três palcos colocados em partes distintas da Feira, milhares de pessoas puderam assistir, gratuitamente, a concertos do mais diverso tipo de música, espetáculos de dança e até de magia, com D.A.M.A e Gabriel o Pensador a conseguirem uma moldura humana enorme na Palco do Choupal, com a Praça a mostrar-se pequena para as muitas centenas de pessoas presentes. Mas também Leonor Quinteiro, Gisela João, Chico da Tina, PAMA, Xandinho, Para Sempre Marco e Augusto Canário, entre muitos outros, atraíram público ao certame, que devolveu a festa ao centro da cidade”.
Pelos restantes palcos, a Mealhada mostrou “a sua pujança cultural e artística do concelho, com o folclore, bandas e artistas locais, projetos educativos e escolas de artes, entre outras associações, a mostraram o seu talento e a justificarem a sua presença nesta festa de todos”.
“Foram nove dias de festa, que trouxeram para a rua a nossa cultura, as nossas gentes, as nossas tradições. Foi uma oportunidade para apreciar o trabalho desenvolvido pelas nossas coletividades, mas também para dar a conhecer a arte e o saber de dezenas de artesãos de todo o país, de poder oferecer à nossa comunidade, grandes espetáculos nacionais e até internacionais, como o de Gabriel O Pensador. A Mealhada foi, durante este período, um ponto de encontro nacional”, afirma António Jorge Franco, presidente da Autarquia da Mealhada.
Partidos da oposição pedem dados e auscultação à população sobre a FAG
Na última assembleia municipal, que se realizou na semana passada, Sofia Martins, eleita pela coligação “Juntos pelo Concelho da Mealhada”, recordou que quando foi criada em 1999, a feira tinha 42 expositores. “Precisamente pelo seu crescimento, passados uns anos, passou a Festame e a realizar-se na zona desportiva. Neste mandato, voltamos ao centro da cidade, mas com maior número de expositores. Temos quase uma Festame, mas no centro da cidade da Mealhada”, disse a deputada municipal, apelando a dados que comprovem ser esta uma boa aposta e questionando “quanto custou a FAG em 2025?”.
O presidente da Câmara começou por enaltecer o facto de o certame “ter tido os melhores artesãos do país, grande parte com carteira de artesão, que dá a garantia de uma feira de qualidade”. O autarca referiu que “o orçamento foi praticamente igual ao do ano transato, cerca de 400 mil euros, um valor muito inferior ao que se tinha no evento anterior que existia no concelho da Mealhada”.
Para João Louceiro, do PCP, “para que o evento seja considerado um êxito, é preciso ter em conta incómodos e pontos negativos que possa causar à população”. “A edição deste ano realizou-se sem haver uma auscultação do evento de 2024”, lamentou.
Palavras corroboradas por Frederico Santos, eleito pelo Partido Socialista, que afirmou “conhecer alguns comerciantes, de algumas ruas, e nunca nenhum me disse que tinha sido auscultado. Já vamos no quarto ano e as promessas vão ficando por cumprir…”.
O tema passou, dias depois, para a reunião do executivo, tendo o vereador Hugo Silva garantido que “o impacto da FAG ainda está em período de avaliação”, destacando o período de 72 horas para desmontagem e enaltecendo as palavras das associações “que nos dizem que valeu muito a pena estar no evento”. “Queixam-se do trabalho que dá, mas de sorriso na cara”, afiançou.
“Para além disso, às 17h00 do primeiro sábado, aquando da inauguração, muitos dos artesãos deram-nos conta de muito do stock que já tinha sido vendido”, acrescentou.
O autarca disse ainda que “os artesãos são incitados a deixar um contributo para o espólio do Município” e que isso fará com que em breve “possamos estar em condições de fazer alguma exposição no âmbito desta Feira”.
Texto de Mónica Sofia Lopes
Fotografias com Direitos Reservados