As escolas de samba que desfilam no Carnaval Luso-Brasileiro da Bairrada fizeram-se representar no V Encontro Nacional de Mirins, que se realizou recentemente, organizado pelo Novo Império, agremiação da Figueira da Foz. A atividade contou com dez associações oriundas de todo o país, sendo que para as da Mealhada apostar nos mirins, que é o mesmo que falar nos desfilantes mais novos, é garantir o futuro do Carnaval e das instituições.

Para a escola de samba mais antiga da Mealhada, os Sócios da Mangueira, esta participação «é motivo de orgulho». «Ver as nossas crianças e jovens representarem a Mangueira com tanta alegria, dedicação e talento é a prova viva de que o samba continua a ser uma força cultural que atravessa gerações. Este tipo de evento não só dá visibilidade ao trabalho que fazemos com os mais novos, mas também fortalece os laços entre as escolas de samba de todo o país», afirma Pedro Castela, presidente da direção dos Sócios da Mangueira, que garante que «investir nos Mirins é investir no futuro, na nossa história, identidade e valores». «Esta participação mostra que estamos a formar uma nova geração consciente, apaixonada e preparada para levar a nossa escola ainda mais longe. É também uma motivação extra para toda a comunidade, pois demonstra que o trabalho de base dá frutos e que a nossa missão vai muito além do Carnaval: estamos a formar cidadãos através da cultura», enfatiza.

Participantes desde a primeira edição, os mirins dos Amigos da Tijuca, na voz da sua presidente da direção, Patrícia Pinto, «são a ala que representa o presente e o futuro de uma escola de samba». «É um orgulho tremendo para a nossa comunidade ver as nossas crianças, algumas aqui nascidas e criadas, representarem com um grande sentido de responsabilidade a nossa escola. Na Ala de Mirins formam-se grandes sambistas e grandes passistas», congratula a dirigente, que acrescentou que participaram na atividade mais de onze crianças desta escola com sede na Mealhada.

Do Carnaval da Mealhada participou também a Real Imperatriz, de Casal Comba, que afirmou que «os jovens sambistas estiveram neste evento, com garra, emoção e com os corações cheios de entusiasmo e os rostos iluminados de felicidade». «É prova viva de que o futuro do samba está mais do que garantido nas mãos e nos pés», enfatizam.

 

Texto de Mónica Sofia Lopes

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