A Concelhia em Anadia do Partido Socialista apresentou, pública e formalmente, a sua candidatura autárquica, sob o mote «Acreditar na mudança», no passado dia 25 de abril. Ana Matias, candidata à presidente da Câmara Municipal, elencou um conjunto de medidas que pretende implementar; já Sérgio Bandeira, cabeça de lista à assembleia municipal, quer que o referido órgão sirva para «muito mais que o orçamento, as grandes opções do plano, a prestação de contas, o regulamento de taxas, a derrama e o imposto municipal sobre imoveis».

Estruturar um programa de apoio financeiro para obras de conservação e reabilitação de edifícios, assim como um programa específico que promova o arranjo estético do edificado; incentivar a fixação de empresa das zonas industriais; garantir uma programação cultural municipal, «alargada e adaptada a todo o concelho, promovendo ainda a participação e formação das pessoas»; e projetar um parque multiusos exterior «capaz de receber grandes eventos locais, regionais e nacionais e que responderá ainda, como zona de concentração e apoio, em caso de acidentes ou catástrofes naturais» foram as primeiras medidas anunciadas por Ana Matias, as que pretende implementar caso saia vitoriosa nas próximas eleições autárquicas.

Mas a candidata não se ficou por aqui e continuou a lista de pretensões: dinamização dos espaços fluviais e barragens do concelho; preservação e proteção do sistema público de abastecimento de água, «de modo a não condicionar o seu acesso e defendendo que a água é para todos»; implementação de um programa de desporto adaptado; criação de condições locais para uma rede de apoio ao cuidador informal; promover programas de saúde mental; reforçar as freguesias de competências e capacidade; construir uma pista de atletismo; e implementar mecanismos direcionados ao associativismo.

«Esta é uma candidatura humanista, que olha para as pessoas», referiu Ana Matias, acrescentando que o partido «tem um programa abrangente de incentivo à transparência, inovação e cultura». «Acreditem mesmo na mudança deste concelho», afirmou.

«Pela Assembleia Municipal passa muito mais que o orçamento, as grandes opções do plano, a prestação de contas, o regulamento de taxas, a derrama e o IMI», referiu o candidato à Assembleia Municipal, defendendo todos terem «a obrigação de motivar mais cidadãos a participar nas sessões da Assembleia Municipal», assim como o incentivo ao Orçamento Participativo do Munícipe, à Assembleia Municipal Jovem e ao Orçamento Participativo Jovem. «A medida mais crucial é a informação e transparência. A população tem o direito de estar informada, de ter acesso à documentação de qualidade, atempadamente e de forma fácil», destacou.

Também Joaquim Ramos, presidente da Concelhia, falou num «concelho que nunca teve alternância» e que contou «sempre com as mesmas ideias, os mesmos protagonistas e a mesma forma de viver». «Não sei se está contado o voto naquele ganhador em sucessivas eleições, que é a abstenção, mas se calhar podemos começar a mudança por aí. Com um pouco mais de participação é possível mudar», referiu.

 

Mónica Sofia Lopes