A Câmara da Mealhada aprovou, em reunião o executivo municipal, a atribuição de 78 mil euros, no âmbito do Programa de Apoio às Associações Culturais e Recreativas do Município. O período para apresentação de candidaturas vai de 15 de julho a 15 de setembro.
O executivo municipal aprovou um aumento de quatro por cento face ao valor do ano passado no montante global a distribuir pelas associações, passando, assim, dos 75 mil euros para os 78 mil euros. As associações culturais e recreativas do Município da Mealhada podem apresentar a candidatura aos apoios já a partir de dia 15 de julho, sendo que, pela primeira vez, o poderão fazer numa plataforma criada especificamente para o efeito: o Portal das Associações Culturais e Recreativas da Mealhada, que, de resto, já foi detalhadamente apresentado aos dirigentes associativos e pode ser visualizado em https://participacaopublica.cm-mealhada.pt/rma/.
“Este portal foi criado com o intuito de potenciar a dinamização associativa no concelho face ao uso de novas tecnologias da informação, promovendo, desta forma, a desburocratização administrativa e incentivado a uma maior participação do movimento associativo”, explica, em comunicado, Filomena Pinheiro, vice-presidente e vereadora da Cultura na Câmara Municipal da Mealhada, que pouco antes, em reunião camarária, tinha adiantado que a plataforma foi criada pelo colaborador municipal Sandro Carvalho. “Temos agora um instrumento que nos permite obter todos os registos das associações, de forma mais rigorosa e eficiente”, acrescentou a autarca, apelando “a todas as associações que façam o seu registo” e disponibilizando “os recursos humanos disponíveis (na Autarquia) para os ajudar”.
Ainda assim, são admitidas também candidaturas em papel, sendo estas preenchidas no Arquivo Municipal da Mealhada, local onde será prestado todo o apoio necessário.
Na sessão pública, desta manhã, e sobre este ponto, José Calhoa, vereador eleito pelo Partido Socialista, referiu que “as normas (do regulamento) têm mesmo que ser alteradas, até porque uns têm sedes, outros não; alguns estão em espaços municipais e outros não”.
Palavras que levaram Filomena Pinheiro a explicar que “o grande problema acaba por ser a dinâmica cultural, temos hoje muito mais tipologias do que tínhamos no passado em que só tínhamos as Filarmónicas e os Ranchos”. “Depois ficamos na dúvida se devemos apoiar com base num plano de atividades ou de um relatório de atividades? Nós, aqui, é através de um relatório, mas sabemos de outros municípios que se baseiam no plano”, sublinhou ainda.
A proposta de 78 mil euros para esta candidatura foi aprovada por unanimidade, sem a votação do vereador Luís Tovim, do PS, que justificou “fazer parte de uma das associações que se irá candidatar”.