Fiel ao certame, desde sempre, Natália Morais, de 88 anos, voltará a estar na Feira de Artesanato a Gastronomia do Município da Mealhada com a sua cestaria vinda de Barrô, freguesia de Luso, que faz questão de levar também por todo o país.
«Estou a chegar do Alentejo. Gosto muito de ir lá e as pessoas tratam-me muito bem», referiu, ao nosso jornal, a artesã, garantindo que, durante o certame na Mealhada, fará o habitual: «Abro logo pela manhã e fico até à noite, esperando que as vendas possam ser boas», o que, na sua opinião, funcionariam melhor «se o palco dos concertos fosse mais perto dos stands de artesanato». «No meio do jardim tinha mais movimento. Agora, assim que começam os concertos, já ninguém vende mais nada», disse.
Natália Morais enfatiza que «já no ano passado, as vendas foram muito fracas», confessando, contudo, que está nisto «por amor à camisola». «Gosto do convívio e do trabalho. Já andei a limpar a verga e a esfolá-la, mas mesmo assim vou levar para o stand alguns molhos para que as pessoas possam ver como é», explicou-nos, enumerando que a seguir à Mealhada, já tem Feiras em Santiago da Guarda, Marmeleira de Mortágua, Travasso, Poiares e em Vila Franca de Xira.
Texto de Mónica Sofia Lopes
Fotografia de Michael Cardenas na edição de 2023