Depois de José Luís Peixoto, Valter Hugo Mãe, José Eduardo Agualusa e Dulce Maria Cardoso, a edição deste ano do «Cultiva a leitura com…», promovido pela Junta de Freguesia de Luso, que se realiza de 13 a 16 de junho, tem como convidada Carmen Garcia, enfermeira de profissão, mas também escritora e autora do blogue «A mãe imperfeita».

Como habitualmente, a Autarquia local promove um programa que, em 2024, passa por, a 14 de junho, pelas 10h00, uma visita guiada ao percurso histórico do centro da vila de Luso; segue-se um encontro com os utentes do Centro de Dia Comendador Melo Pimenta; e à tarde, uma sessão com a comunidade educativa do Centro Escolar de Luso; terminando o dia com uma visita às Termas.

No dia seguinte, sábado, 15 de junho, a partir das 10h00, haverá um percurso literário na Mata Nacional do Bussaco, seguido de um piquenique. Pelas 16h00 está agendada a plantação de uma árvore e, à noite, a partir das 20h45, no Grande Hotel de Luso, a convidada terá um «encontro intimista» com o público, onde se prevê a presença de uma centena de pessoas.

«A última solidão», «A Anos – Luz», «Tudo o que ouço é coração» e «Os 10 mandamentos de uma mãe imperfeita» são algumas das obras publicadas por Carmen Garcia, enfermeira de profissão e mãe de dois filhos, um deles surdo profundo com implante coclear. Tem mais de 199 mil seguidores no Facebook, 112 mil no Instagram e é a enfermeira imperfeita no Twitter. Colunista do Jornal Público, é autora do «tanto faz não é resposta» que sai todos os domingos no caderno P2.

Integrado na dinâmica do «Cultiva a leitura com…», a Junta de Freguesia de Luso lança, todos os anos, o desafio ao Centro Escolar da vila para que pegue nas obras infantis do escritor(a) convidado(a) e as trabalhe com as crianças, «de forma a enriquecer as suas vivências e fortaleça a relação com os livros e a leitura». Nesta linha, o projeto envolve ainda as associações da freguesia que, no âmbito das suas normais atividades, proporcionam cinco ou dez minutos de leitura de um dos livros, o que pode acontecer num treino de futebol ou antes de um jogo de ténis.

«Este esforço da Junta e a capacidade de trazer ao nosso Luso grandes referências da literatura contemporânea, tem na sua génese o entendimento de que a cultura, e em particular a leitura, são essenciais ao crescimento comunitário e à valorização individual de cada um, não apenas de quem reside na nossa freguesia, mas deixando também uma proposta diferenciadora e com qualidade a quem nos visita», declarou, na apresentação do evento, Claudemiro Semedo, presidente da Junta de Luso, que nos agradecimentos, enfatizou o papel da responsável pela execução do projeto, Arlete Gomes.

E é a própria que explica a ideia da iniciativa, que surgiu em 2016. «Até 2019 correu tudo muito bem, em que tivemos até um concurso de fotografia, mas a pandemia veio estagnar as coisas», explicou Arlete Gomes, sublinhando que o projeto pretende «“construir” mais leitura, conhecendo os autores».

O investimento por parte da Junta de Freguesia de Luso é de cerca de 2.500 euros.

 

Mónica Sofia Lopes