A construção de um hotel para insetos no Bosque Empresarial da Pedrulha, freguesia de Casal Comba, assinalou o Dia Mundial da Árvore e da Floresta, no passado dia 21 de março, no âmbito do projeto “Plantar oxigénio – menos cimento, mais biodiversidade” do Município da Mealhada.

O novo hotel para insetos criado no Bosque Empresarial da Pedrulha, com uma área de dois mil metros quadrados, veio complementar a sua plantação, no Dia da Floresta Autóctone, a 23 de novembro, com a participação de alunos, empresários e trabalhadores das zonas industriais. “Plantaram-se diversas espécies autóctones, dos pinheiros mansos aos sobreiros, das cerejeiras aos loureiros, dos folhados aos pilriteiros, com o objetivo de criar zonas de lazer nas zonas industriais”, lê-se num comunicado da Câmara da Mealhada, que acrescenta que já este ano, na construção deste ‘hotel’, “foram usados vários materiais da natureza e o telhado tem telhas centenárias da antiga cerâmica das Devesas, na Pampilhosa, representando uma homenagem a um polo industrial que teve uma forte importância no concelho da Mealhada”.

“No fundo estamos aqui hoje a fazer a manutenção do espaço plantado em novembro passado, abrindo caldeiras, regando e construindo um hotel para insetos que vai contribuir para a biodiversidade no espaço”, declarou, ao nosso jornal, Lídia Dias, do Centro de Interpretação Ambiental da Mealhada, explicando que “a melhor altura para se proceder a plantações é de novembro a fevereiro, a partir daqui deve proceder-se à manutenção das plantações”.

A iniciativa contou com a participação de alunos do 10.º ano do curso de Informática de Sistemas da Escola Profissional Vasconcellos Lebre. A captar os melhores momentos estava Guilherme Marques, de 16 anos, que nos foi dizendo que o trabalho realizado naquela tarde “vai aumentar a biodiversidade nesta rotunda”. “Fizemos caldeiras para facilitar a rega e fazer com a água fique mais acumulada. Outros colegas construíram um hotel para insetos polinizadores”, acrescentou o aluno, referindo que a iniciativa teve em consideração as boas práticas ambientais, “tendo em conta a caminhada que fizemos da escola até aqui”. Palavras corroboradas por Francisco Caninhas, da mesma idade, que enfatizou o facto de estarem ali “a contribuir para o ambiente que está cada vez pior por causa das alterações climáticas”.

 

Mónica Sofia Lopes