2.130 euros foi o valor angariado num almoço solidário promovido pelo Rei dos Leitões, na Mealhada, que se realizou no início da semana. A verba, resultado do encontro onde participaram 23 beneméritos, foi logo entregue à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Mealhada, contribuindo assim para o pagamento de um veículo tanque, adquirido recentemente.

«Há já alguns anos, que o Rei dos Leitões tem sido muito solidário com a nossa instituição, conseguindo reunir à mesa dezenas de particulares e empresas, cuja receita reverte para a nossa corporação», enalteceu, ao nosso jornal, Nuno João, comandante dos Bombeiros da Mealhada, confessando que «cada vez mais, as associações de bombeiros dependem deste tipo de apoios» e explica porquê: «Toda a atividade ligada ao socorro não é rentável, uma vez que cada vez que saímos em serviço, são veículos e materiais, de valores avultados, que se desgastam e que temos mesmo de repor».

O resultado desta ação benemérita, que aconteceu na passada segunda-feira, contribuirá para o pagamento de um veiculo-tanque, em segunda mão, já adquirido no valor de cerca de sessenta mil euros. «O único que tínhamos até então, com capacidade para 17 mil litros e que serve para transporte de água para apoio a incêndios, mas também para abastecimento a diversas entidades, data de 1987. O agora adquirido, com a mesma capacidade, é de 2014», explicou ainda Nuno João, acrescentando que muitas têm sido as iniciativas de ajuda para esta aquisição, nomeadamente, «o peditório anual realizado no verão do ano passado; o sarrabulho, em que o Talho Ernesto disponibilizou as carnes, as Caves Messias o vinho e as padarias a broa; a Gala do Fado, já praticamente esgotado; o Festival de Acordeão; e o protocolo com a Autarquia». «No fundo, pagaremos o veículo, mas ficamos bloqueados para o resto do ano. É assim que trabalham estas instituições», lamenta o comandante dos Bombeiros da Mealhada.

Também satisfeito com o último evento está António Paulo Rodrigues, do Rei dos Leitões. «Há duas coisas no Rei que apoiamos predominantemente: a causa Bombeiros e a causa animal», enfatiza, explicando que este conjunto de pessoas solidárias, oriundas de todo o país, surge de um grupo numa rede social, «onde se fala de tudo e se trocam opiniões. Um dia alguém sugeriu que nos conhecêssemos pessoalmente e resolvemos fazer um almoço no restaurante, estabelecendo que o valor angariado fosse atribuído a uma instituição e desde aí temos feito alguns encontros».

Na «reunião» no passado dia 25 de março, o Rei dos Leitões disponibilizou o almoço – cozido à portuguesa – e cada participante deu no mínimo 50 euros. «Depois há empresas que oferecem alguns bens, como por exemplo, um vinho especial, alguma coisa que acrescente algo ao encontro. Não há nada estipulado, a única regra nesses dias é sermos solidários», sublinhou, ao nosso jornal, António Paulo Rodrigues, acrescentando que, sendo a presença forte de «amigos» da região, «vieram também pessoas de Lisboa e do Porto e também quem, mesmo não podendo estar presente, tenha contribuído com algum valor».

 

Texto de Mónica Sofia Lopes

Fotografia com Direitos Reservados