A Câmara da Mealhada ativou a cláusula que prevê apoio financeiro extraordinário (até 24 mil euros) à Associação do Carnaval da Bairrada, prevista no caso de ocorrerem «condições climatéricas adversas que impossibilitem a realização de um ou dos dois desfiles». A proposta foi aprovada por unanimidade.

Foi em dezembro passado que o executivo municipal aprovou o protocolo de financiamento para a edição de 2023 do Carnaval Luso-Brasileiro da Bairrada, que se traduziu num apoio de 15.880 euros à ACB (sendo 10.880 euros para a realização do Carnaval 2024 e de 5 mil euros para a organização do Carnaval da Criança), bem como aprovou os protocolos de comparticipação direta às escolas de samba – Amigos da Tijuca, Batuque, Real Imperatriz e Sócios da Mangueira – no valor máximo de 55 mil euros, «afetando 15 mil à execução de carros alegóricos e 40 mil à participação das escolas, que deveriam desfilar com um mínimo de 80 participantes (72,5 euros por figurante até aos 120 elementos e 20 euros a partir dos 121 elementos)».

«No protocolo com a ACB havia uma cláusula para o caso de chover e a ACB apresentou esse pedido, enviando um documento onde explica a inviabilidade do desfile de domingo, uma decisão unânime de todas as escolas de samba», começou por explicar António Jorge Franco, presidente da Câmara da Mealhada, sublinhando que, apesar disso, «o balanço global não foi tão mau como se esperava, sendo contudo as verbas insuficientes, principalmente para pagamento a duas entidades, GNR e parte da segurança». «O Carnaval é um grande evento e acho que devemos cumprir com o protocolo que, apesar dos reajustes, também já vem de trás, de outros anos», apelou o autarca.

O vereador na Autarquia, Hugo Silva, acrescentou ainda que o cancelamento do desfile de domingo significa «uma perda de receita, da não entrada de cerca de sete mil pessoas, que era o que se estimava que pudesse acontecer».

 

Texto de Mónica Sofia Lopes

Fotografia de José Alves