Foram dois dias de muito samba no Carnaval Luso Brasileiro da Bairrada. De perto ou de longe foram muitas as pessoas que vieram ver os corsos noturno de segunda-feira e o da tarde de ontem, onde nem a chuva conseguiu estragar a festa. No final do ultimo desfile, a organização contabilizava o número de entradas, fazendo, contudo, um balanço positivo dos desfiles. Na tarde de sábado serão divulgados os resultados do Troféu Joham d’Oliveira e do Voto Popular.
Depois de mais de uma semana de folia, com o Trapalhão e o de Palmo e Meio no primeiro fim-de-semana de fevereiro, e com os desfiles nos últimos dois dias e a animação noturna, o Carnaval da Mealhada chegou ao fim. «Apesar da chuva no domingo, os desfiles de segunda e terça-feira acabaram por correr bem, com molduras humanas interessantes», destacou, ao nosso jornal, Alexandre Oliveira, presidente da direção da Associação do Carnaval da Bairrada, numa altura em que ainda se contabilizavam as entradas dos dois dias, número que ainda não foi divulgado.
Para o dirigente, os reis do evento – o ator brasileiro Thiago Rodrigues e a Miss Portuguesa Yeniffer Campos – «corresponderam às expectativas, sempre com boa disposição e paciência para toda a logística que o evento envolve». No desfile noturno, para além da novidade de um apresentador, este ano a cargo de Sérgio Lindo, «o que gerou entretenimento e dinâmica», a iluminação «foi o triplo do habitual, acabando por fazer grande diferença».
Vinda da Antes, encontrámos Sandra Jesus que assistiu aos dois desfiles. «Venho todos os anos para ver várias pessoas que conheço e que participam no cortejo. Se assim não fosse, acho que experimentava outros Carnavais», referiu, elogiando «a boa organização» e o desfile noturno «muito bonito, com mais cor e luz».
Palavras corroboradas por Vanessa Marques, de Cantanhede, que quase todos os anos vem ao Carnaval da Mealhada. «No seu todo é um espetáculo muito bonito, onde todos os grupos são importantes», disse ainda. De mais longe encontramos uma família de Barcelos, cuja porta-voz foi Paula Sousa. «Já vi vários carnavais. Ovar, Torres Vedras e Viana do Castelo, ao da Mealhada nunca tínhamos vindo. São todos diferentes, aqui o que se nota mais é o samba e o facto de as meninas virem mais “descascadas”», disse, elogiando também os grupos «Dance With Heart» e «Passarinhas do Caima».
Para as quatro escolas de samba do Carnaval Luso Brasileiro da Bairrada, o balanço é muito positivo. «De um modo geral, correu tudo muito bem. Atingimos as nossas expectativas, apresentando um trabalho digno e novamente “fora da caixa”», disse, ao nosso jornal, Patrícia Pinto, presidente da direção dos Amigos da Tijuca. Opinião idêntica tem Gilberto Lima, da Real Imperatriz, que garantiu que o Carnaval «superou as perspetivas iniciais». «No domingo foi uma decisão de todos não sairmos à rua, devido à grande possibilidade de chover o que poderia estragar muito material e colocar em causa os restantes desfiles», acrescentou o dirigente, destacando «o muito público nos dois desfiles». «Quem corre por gosto não cansa, por isso, para o ano temos mais», afiançou.
O primeiro desfile não correu como o esperado ao Batuque devido a um problema numa das alegorias. «Tivemos alguns contratempos, mas, apesar disso, a escola esteve sempre com vontade de as ultrapassar», disse Andreia Rosa, presidente da direção, garantindo terem sido «dois desfiles muitos bons. Ao longo da avenida fomos muito parabenizados pelo tema da “Igualdade”». Pedro Castela, dos Sócios da Mangueira, enfatizou que a escola fez um Carnaval «respeitando a bandeira e fazendo jus ao tema. Trouxemos alegria e empolgação à escola, com pessoas a cantar e emocionadas com o desfile».
Texto de Mónica Sofia Lopes
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