A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro apresentou o projeto SEGURA – Sistema Integrado de Gestão de Riscos Naturais e/ou Tecnológicos da Região de Aveiro (com GeoAtributo), na manhã de ontem, na cidade de Anadia. Um espaço que congrega várias entidades e forças de segurança, disponível para a população em geral e que contém informações georreferenciadas e funcionalidades de prevenção para todo o tipo de ocorrências: fogos, acidentes, sismos, cheias, etc.
Encontra-se em https://segura.regiaodeaveiro.pt/ e está disponível para operacionalizar os procedimentos no âmbito da proteção civil, garantindo o acesso à informação a um número alargado de utilizadores. Desses contam-se também os credenciados que terão disponíveis um conjunto de funcionalidades mais especificas.
Entre as múltiplas finalidades, a plataforma permite aceder a notícias; criar avisos e alertas; gerir ocorrências; associar dados meteorológicos diretos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (precipitação, temperatura do ar e intensidade do vento, por exemplo); consultar ocorrências da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e dos setores da Proteção Civil dos Municípios, quando existem; consultar documentação associada; aceder a contactos; e a informação geográfica disponível na região de Aveiro. A plataforma – que não é estática e poderá estar sempre a receber informação – tem previsto um fluxograma para ativação do Plano de Emergência, como por exemplo, um procedimento para evacuação da população.
Joaquim Baptista, presidente da CIRA, garantiu que esta entidade «tem muita vontade de fazer diferente». «Há uns tempos quisemos fazer um plano intermunicipal, que não foi possível, e hoje a tutela vem dar-nos razão e dizer que esse é o caminho», disse, afiançando que «o sucesso da Proteção Civil é a articulação entre as diversas entidades e estruturas. Hoje apresentamos uma plataforma que estará ao serviço de todos».
Palavras corroboradas por António Ribeiro, comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Região de Aveiro, que referiu que a estrutura «é um trabalho contínuo, de aprendizagem e mais uma ferramenta ao serviço de todos».
Já sobre a Estratégia Nacional para a Proteção Civil Preventiva 2030, António Ribeiro enfatizou que a mesma estará focada nos municípios e nas freguesias. «Prevenindo, diminui-se o risco de ocorrências e esta tem que ser a aposta. Temos trabalhado em rede para a caracterização e avaliação de riscos. Conhecendo bem o território podemos dar melhores respostas ao nível de incêndios, sismos, cheias, etc.»., explicou ainda, defendendo «os sistemas de aviso e sinalética» e recordando «o trabalho da ANPC, através de mensagens de alerta, que fazem chegar à população».
A CIRA, recorde-se foi a vencedora da segunda edição do Prémio de Boas Práticas Locais de Promoção da Resiliência, iniciativa promovida pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, no quadro da Estratégia Nacional para uma Proteção Civil Preventiva, um prémio que reconhece publicamente iniciativas desenvolvidas por freguesias, municípios e entidades intermunicipais, que estimulem a preparação e participação de cidadãos no incremento da resiliência face à ocorrência de acidentes graves e catástrofes.
Mónica Sofia Lopes