Depois de uma semana de inscrições e de outra, a decorrer, com os testes técnicos, as Piscinas Municipais da Mealhada reiniciarão em pleno, todos os seus horários de aulas e turmas, a 1 de fevereiro. A população esperava ansiosamente por esta reabertura.

Ana Ferreira, de 43 anos, natural de Barcouço, foi uma das primeiras pessoas a inscrever-se nas aulas de hidroginástica, na semana passada. «Já era utente do espaço, que fechou devido à pandemia e que depois não voltou a abrir porque esteve em obras. Como neste tempo todo não frequentei mais nenhuma Piscina, quando abriram as inscrições, devo ter sido das primeiras», referiu, ao nosso jornal, desvendando ter uma patologia que não lhe permite «praticar desportos de embate» e que, por isso, a natação «fez muita falta». «Estou contente com esta reabertura, porque geograficamente não me facilitava frequentar aulas em outro concelho», afirma.

Luísa Fonseca vive há poucos meses em Ventosa do Bairro, mas quando chegou ao concelho da Mealhada deparou-se com a falta deste serviço. «Tenho duas filhas, de seis e nove anos, que praticavam natação em Alcântara, Lisboa, desde os seis meses e um ano, portanto, quando chegámos tivemos que nos deslocar a outra infraestrutura. Procuramos em Cantanhede e Anadia e foi nesta última cidade que estiveram desde outubro», explica a munícipe, que congratula a abertura das Piscinas na Mealhada: «Abrindo aqui facilita muito as nossas rotinas. Tivemos oportunidade de colocá-las em horários semelhantes e o espaço fica muito perto da escola onde estudam».

A frequência das filhas na natação é essencial para Luísa Fonseca. «É um desporto completo, que ajuda muito o sistema respiratório, e é saudável. Para além disso, está em causa uma aprendizagem que pode ajudar à segurança em praias e piscinas», disse ainda esta mãe, com quem falámos, que destacou «o facto das bancadas (nas Piscinas da Mealhada) serem próximas dos tanques. No dia dos testes de diagnóstico vi as instalações pela primeira vez. São bonitas e limpas».

Com dois filhos, de cinco e oito anos, Ana Ferreira, de Sepins, resolveu, no passado mês de setembro, «inscrever as crianças nas Piscinas de Cantanhede. Estávamos a aguardar há já algum tempo… agora com a reabertura na Mealhada, logisticamente, é mais fácil para nós, trazê-los para aqui».

«Estava para inscrever o meu filho na natação quando fomos assolados pela pandemia e, posteriormente, as Piscinas entraram em obras. Resolvi ir esperando e, portanto, vai estrear-se na modalidade aos oito anos», declarou Sandra Gomes, da Mealhada, que conta que, para garantir a inscrição, foi para o Espaço Inovação «na madrugada do primeiro dia de inscrição nas aulas, porque para mim seria difícil deslocar-me a outro município».

Natação, diz esta mãe, é fundamental. «Trata-se de um desporto completo e muito benéfico, ao nível físico e mental. Para além disso, é o que ele me pede, uma vez que não quer nem hóquei em patins, nem futebol», referiu, confessando ter «conhecido» as Piscinas, no passado sábado: «Nota-se uma procura muito grande a este serviço».

Recorde-se que a empreitada de beneficiação da Piscina Municipal foi adjudicada pelo valor de 1.369.337,37 euros. A obra visou melhorar as condições gerais da piscina, nomeadamente no que concerne à sua eficiência energética. O projeto incluiu a construção de uma central térmica de produção de energia com utilização de biomassa e aplicação de painéis solares, além de trabalhos ao nível das fundações e estruturas em betão, alvenarias, substituição de caixilharias, serralharias e revestimentos, bem como trabalhos nas instalações, equipamentos e sistemas do edifício, tais como águas e esgotos domésticos e pluviais, eletricidade e aquecimento, ventilação e ar condicionado (AVAC).

 

Texto de Mónica Sofia Lopes

Fotografia com Direitos Reservados