O Município da Mealhada está a preparar os projetos para um conjunto de obras em diversas unidades de saúde do concelho, cujo investimento ronda os 3,5 milhões de euros. “Os projetos estão já a ser executados de forma a que, quando se efetivar a transferência de competências, em março, o processo já esteja em andamento, para que consigamos aceder aos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência”, explica António Jorge Franco, presidente da Câmara da Mealhada.

“As intervenções vão ocorrer no Centro de Saúde da Mealhada, com um custo estimado de 1.786.600 euros, e nas Extensões de Saúde da Pampilhosa, com a intervenção a ultrapassar os 608 mil euros, da Vacariça, cujo investimento será de 702 mil euros, e em Luso, num valor estimado a rondar os 377 mil euros”, lê-se num comunicado da Autarquia mealhadense, que acrescenta que “os trabalhos incidirão sobre a melhoria de condições para os funcionários e utentes, acessibilidades e eficiência energética. Na Vacariça, está prevista a mudança de local, passando a funcionar na antiga escola primária, depois de remodelada para o fim a que se destina”.

“Verificámos que o investimento em manutenção e mesmo na correção de situações concretas foi nulo nas infraestruturas e o Município terá agora que realizar um conjunto de investimentos para salvaguarda das populações no que respeita ao acesso aos cuidados de saúde. É isso que vamos fazer quanto antes, aproveitando os fundos do PRR, tal como acordado com o Governo aquando da negociação de competências na área da Saúde”, sublinha, no mesmo comunicado, António Jorge Franco.

O assunto dos investimentos na saúde na Mealhada foi espoletado por Sónia Leite, vereadora eleita pelo Partido Socialista, aquando da última reunião do executivo. “Desloquei-me ao Posto de Saúde na Pampilhosa e a entrada pode representar um perigo para as pessoas com mais idade. Enquanto esperava, observei, e talvez fosse importante colocar um corrimão no meio daquela escadaria ou um de cada lado”, sugeriu.

Intervenção que levou o presidente da Câmara a garantir “existirem vários problemas naquele edifício, todos comunicados à Administração Regional de Saúde, que os tem ignorado. A rampa nessa entrada é muito escorregadia”. “Para além disso, não houve qualquer investimento nos últimos anos”, lamentou, informando, então, que “a partir de 1 de março essa responsabilidade das infraestruturas passará a ser nossa”.

“Encontramo-nos a tratar de todos os procedimentos para intervenção de melhoria na Pampilhosa, Vacariça, Luso e Mealhada. Estamos já com o SUCH (Serviço de Utilização Comum dos Hospitais) a analisar, para fazermos projeto. Achamos que em 2025 já teremos obras no terreno”, disse ainda António Jorge Franco.

 

Texto de Mónica Sofia Lopes

Fotografia de capa com Direitos Reservados