O Cemitério da Mealhada vai ser alvo de uma intervenção que inclui a reabilitação, o ordenamento e o embelezamento, conforme o estudo prévio apresentado na última reunião do executivo municipal. O valor estimado de investimento é de 557 mil e 500 euros, com um prazo de execução de nove meses.
A empreitada para intervenção no Cemitério da Mealhada está ainda na fase de estudo prévio, mas este documento, apresentado na última reunião pública, já elenca os trabalhos a realizar, bem como o investimento e prazos de execução. Além dos trabalhos no interior do cemitério, destaca-se também intervenção na sua envolvente, nomeadamente junto à entrada principal, com a criação de uma praceta em toda a sua frente e que faz a ligação à urbanização ali existente.
“Na parte traseira, a intervenção inclui a capela, os edifícios de apoio e a zona a construir de ossários e columbários, que será executada na parte mais poente do cemitério, estando prevista a criação de 132 ossários/columbários”, lê-se num comunicado de imprensa da Autarquia, que acrescenta que haverá ainda intervenção em “pavimentos, inclusive na capela, redes de água, esgotos, águas pluviais redes e instalações elétricas e a substituição dos sanitários públicos. Os atuais sanitários serão demolidos e os novos serão construídos no edifício principal existente, que será totalmente alterado de forma a dar apoio ao cemitério”.
Durante a reunião, António Jorge Franco, presidente da Câmara da Mealhada, enfatizou a intervenção em frente ao Cemitério, explicando que, desta forma, serão criadas “melhores acessibilidades, ao nível de estacionamento e rede viária, criando um espaço em que o peão tenha prioridade, se sinta bem e não esteja em perigo. O grande objetivo é diminuir a velocidade do tráfego e isto será uma mais valia para quem ali habita também. É uma obra fundamental”.
José Calhoa, vereador eleito pelo Partido Socialista, defendeu que “a praceta (prevista para fora do Cemitério) não parece necessária”, acrescentando que, com esse investimento, “podia fazer-se a ligação da estrada, que não está concluída (junto ao Cemitério), até à rotunda do leitão (no IC2)”. Declaração que levou o presidente da Autarquia a questionar: “Deixaram construir ali um edifício e agora querem uma ligação? Agora só uma ponte que passe a linha do comboio ou vamos demolir casas”. “Havia canal aberto, há anos, e que daria para dois sentidos, mas deixaram construir”, lamentou, advertindo para a necessidade “de se definir prioridades”: “Não seria o dinheiro da praceta que daria para fazer essa ligação”.
Hugo Silva, elemento do executivo municipal, afirmou que “o Cemitério da Mealhada, o único da responsabilidade municipal, era o menos cuidado do concelho”, justificando que “a iluminação será muito relevante”, permitindo usar o espaço “de forma mais autónoma, sem ser em horários tão restritivos”.
Posteriormente à informação, dada na reunião, sobre o estudo prévio da elaboração deste projeto “de reabilitação, ordenamento e embelezamento do Cemitério da Mealhada”, António Jorge Franco referiu, em comunicado, que “os cemitérios têm uma importância significativa nas comunidades por razões religiosas e até sociais. É aqui que as pessoas honram a memória dos seus entes queridos e, portanto, devem ser locais de respeito e com condições condignas. É precisamente este o propósito desta intervenção”.
Texto de Mónica Sofia Lopes
Fotografia com Direitos Reservados