Depois de três sessões esgotadas, em setembro, «A Ratoeira Portuguesa» volta ao Cineteatro Messias, na noite de 16 de dezembro, numa sessão solidária Especial de Natal, onde para além do filme, o público poderá assistir a uma pequena peça de teatro, de cerca de 20 minutos, referente à produção. Os bilhetes podem ser reservados no Instagram da Goose Five Records e nos estabelecimentos, na cidade da Mealhada, Kioske Tentações e Tas Ca Larica. O valor de cada entrada é de cinco euros com o acréscimo da entrega de um brinquedo novo ou seminovo que posteriormente será oferecido a crianças do concelho da Mealhada.

Três jovens da Mealhada – Tomás Estarreja, Manuel Lopes e Lourenço Ligeiro – são os autores do filme «A Ratoeira Portuguesa», uma comédia produzida por ex-alunos do curso de Multimédia da Escola Profissional Vasconcellos Lebre que pensaram, planearam e executaram um filme com «uma simples câmara Sony e um microfone de 20 euros». A estreia aconteceu em setembro e ainda hoje são reconhecidos na rua como «os meninos do filme». «Quando fizemos esta produção esperávamos esgotar uma sessão, mas nunca três. Foi incrível!», confessou Tomás Estarreja, agora com 20 anos, residente em Ventosa do Bairro, no concelho da Mealhada, que nos explica que a ideia de um especial de Natal surge «depois do sucesso do filme, mas também como forma de ajudar e retribuir neste caso as crianças do concelho da Mealhada, com a angariação de brinquedos novos e seminovos».

Nesta sessão solidária, para além da exibição do filme, de cerca de uma hora, o público será também surpreendido com uma pequena peça de teatro, onde os três protagonistas de «A Ratoeira Portuguesa» serão novamente atores, acompanhados de personagens do filme, e que, em 20 minutos, apresentarão alguns momentos desta trama «ao vivo e a cores». «Estamos a ensaiar todos os dias e a fazer tudo sozinhos sem ajuda de nenhuma companhia», refere o jovem, garantindo «comédia e animação do início ao fim».

O enredo, que será visto no Cineteatro Messias, na Mealhada, a partir das 21h15, conta a história de Luís Merenda, um jovem prestes a ser expulso de casa pelo seu pai e que procura a ajuda do tio Paulo Merenda, desconhecendo ser este o gerente de uma máfia de roubo de catalisadores. Para o agradar, Luís realiza um trabalho perigoso, acabando por ser roubado e levando-o a uma dívida de 50 mil euros. Com a ajuda de um amigo, um mexicano especialista em assaltos a mansões, Luís embarca numa jornada caótica para recuperar o dinheiro perdido e pagar a sua dívida, enfrentando situações hilariantes e desastrosas.

Os jovens esperam agora lotar a sala do Cineteatro Messias, o que representará, se isso acontecer, mais de duas centenas de brinquedos. «Estamos a ver com a Câmara Municipal e aproveitando a “Cidade Natal” na Mealhada, um momento para que se possa fazer a distribuição de brinquedos pelas crianças do concelho», disse-nos ainda o jovem.

«E o futuro?», quisemos saber. «Não podemos avançar com grande informação, mas a verdade é que o filme saiu fora de portas, do âmbito concelhio e regional, e já tivemos alguns contactos, numa perspetiva mais nacional, para que possamos realizar um segundo filme», deixa no ar Tomás Estarreja.

 

Mónica Sofia Lopes