A atual crise política foi um dos temas analisados na reunião do conselho intermunicipal da Região de Coimbra, que se realizou, no passado dia 16 de novembro, em Mortágua, onde os representantes dos dezanove municípios deste território “discutiram assuntos cruciais para o desenvolvimento e a coesão da região”. A operação influencer e o caso concreto do presidente da Câmara de Sines levam a CIM Região de Coimbra a apelar à revisão da Lei do Estatuto de Eleitos Locais.
Segundo um comunicado de imprensa da CIM Região de Coimbra, “a reunião começou com um momento de reflexão sobre a situação de instabilidade política que o país atravessa, que, segundo Emílio Torrão, presidente da CIM Região de Coimbra, ‘irá conduzir a várias mudanças de políticas, projetos e estratégias. Este cenário vai exigir que os municípios demonstrem capacidade para se adaptarem a essas transformações’”.
Ainda no âmbito da crise política, a CIM Região de Coimbra expressou a sua solidariedade ao presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, no âmbito da Operação Influencer, autarca que, recorde-se, foi libertado, após vários dias detido, com a aplicação da medida de coação menos gravosa, a de Termo de Identidade e Residência, uma vez que o Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa entendeu não se mostrar indiciado pela prática de qualquer ilícito criminal.
No decorrer de reflexões sobre este e outros casos políticos semelhantes, a CIM da Região de Coimbra anunciou assim “a intenção de sugerir à Associação Nacional de Municípios Portugueses e futuro governo uma proposta de revisão da Lei do Estatuto de Eleitos Locais, de forma a assegurar uma resposta mais eficiente e transparente aos desafios que surgem em contextos políticos complexos”.