A Escola Profissional Vasconcellos Lebre, na Mealhada, levou a cabo o exercício público de sensibilização em caso de sismo, designado «A Terra Treme», na manhã da passada terça-feira. Se para esta iniciativa a comunidade escolar estava alertada, o mesmo não aconteceu com o simulacro de incêndio, que ocorreu de seguida e que apanhou de «surpresa» alunos, professores e funcionários. Escola e autoridades fazem um balanço «muito positivo» de ambos os exercícios, com o plano de segurança interno «a ser cumprido».

O exercício público de sensibilização para o risco sísmico ocorreu em diversos locais do país, no passado dia 14 de novembro, pelas 11h14. «“A Terra Treme” é uma atividade de treino para os procedimentos, em caso de sismo, do “baixar, proteger e aguardar” que levamos a cabo com os alunos dentro de sala», começou por explicar, ao nosso jornal, Rui Lopes, delegado de Segurança e elemento da direção da EPVL.

Mas se para «A Terra Treme» os alunos estavam já alertados, o mesmo não aconteceu para um simulacro de incêndio, que levou os cerca de 270 alunos, professores e funcionários a evacuaram o edifício «em três minutos», pondo em prática o plano de segurança da escola.

«O balanço foi muito positivo e o tempo de evacuação foi de três minutos, com a comunidade escolar a colocar em prática o plano de segurança interna, de forma ordeira e organizada, sem estarem efetivamente a contar», congratula Rui Lopes, explicando que «apenas não estiveram presentes no exercício, uma turma que estava no Restaurante Pedagógico na Pampilhosa e outra que estava no Pavilhão em aula de ginástica».

A atividade foi articulada com os Bombeiros Voluntários da Mealhada, o Posto da Mealhada da Guarda Nacional Republicana e a Proteção Civil do Município. «No decorrer do exercício “A Terra Treme” procedeu-se também ao simulacro de um pequeno foco de incêndio, com origem numa oficina informática, e que deu origem a um (hipotético) ferido nas escadas no edifício», referiu Nuno João, comandante dos Bombeiros Voluntários da Mealhada, destacando «o balanço muito positivo por parte da comunidade escolar, cumprindo o que está planeado no plano de segurança». «Em anos anteriores já tinha sido testado e podemos mais uma vez comprovar que o tempo de evacuação é muito rápido», disse, enfatizando, contudo, que se trata de um cenário «com alunos mais velhos, todos com mobilidade e inseridos num local com boas acessibilidades».

No teatro de operações, os Bombeiros da Mealhada estiveram com duas ambulâncias de socorro, um veículo urbano de combate a incêndios e dois veículos tanque, num total de catorze operacionais. «Estiveram ainda dois observadores e a equipa do veículo aéreo não tripulado – drone – que tomou notas da nossa atuação, assim como da do meio escolar, no cumprimento das normas de segurança», acrescentou Nuno João, que, em jeito de sugestão, considera «que todas as escolas, em cada início de ano letivo, devem testar os seus planos de segurança, partindo do pressuposto que, todos os anos, existem novos alunos em cada infraestrutura».

 

Texto de Mónica Sofia Lopes

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