O executivo camarário na Mealhada tomou conhecimento, na reunião de 10 de outubro, do projeto de execução de reabilitação e valorização da Bacia Hidrográfica do rio Cértima nos concelhos de Anadia e Mealhada, numa intervenção conjunta dos respetivos Municípios.

«Um projeto já aqui abordado, que coloca o rio mais virado para as pessoas e não ao abandono», começou por dizer António Jorge Franco, presidente da Autarquia da Mealhada, na sessão, afirmando pretender-se uma «ligação forte entre a Pampilhosa e a Curia». «Que seja um rio liberto e que os proprietários confinantes ao mesmo possam também cultivar os terrenos», afirmou ainda.

Segundo o autarca a intervenção «é de um milhão e 600 mil euros, valor dividido pelas Câmaras de Anadia e da Mealhada, cabendo à Mealhada 900 mil euros e a Anadia 700 mil».

«Proceder-se-á também à estabilização dos próprios taludes, com algum material lenhoso a ficar lá. Nos canaviais não é chegar e tirar, tem que se tratar», continuou o edil, garantindo que o que se pretende «é que haja estabilização de todo o rio». «Queremos dar vida a este rio que nos une», enfatizou.

Sónia Leite, vereadora na Câmara da Mealhada eleita pelo Partido Socialista, apelou para que «os munícipes sejam sensibilizados para os restos agrícolas que vão retirando».

Já na semana passada, em comunicado enviado à imprensa, a Câmara da Mealhada dá conta de que «uma grande intervenção no Rio Cértima para aproveitar o curso de água para usufruto da população» integra a lista de projetos em desenvolvimento, dando ainda nota o presidente desta Autarquia de que «a limpeza das linhas de água é fundamental para evitar inundações, assim como para o equilíbrio do ecossistema. Esta obra é o início da requalificação do Rio Cértima e seus afluentes».

O tema da limpeza do rio Cértima não é novo e, em 2019, levou à criação de um movimento designado «S.O.S. Rio Cértima / Pateira», cujos seus elementos se manifestaram preocupados com a poluição e a falta de limpeza do rio Cértima. Nessa altura, o grupo de pessoas deslocou-se a várias assembleias municipais, não tendo as de Anadia e Mealhada sido exceção.

 

Texto de Mónica Sofia Lopes

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