A Goose Five Records, representada pelos jovens mealhadenses Manuel Lopes, Lourenço Ligeiro e Tomás Estarreja, todos com 19 anos, estreia esta quinta-feira, 21 de setembro, no Cineteatro Messias, o filme «A Ratoeira Portuguesa», uma produção totalmente pensada e elaborada pelos três. Doze minutos depois de colocarem os bilhetes à venda, a sessão de hoje foi esgotada, tendo sido aberta uma segunda para amanhã, dia 22, também já totalmente cheia, levando a abertura de uma terceira, para a tarde de sábado, 23 de setembro, e que está a cerca de cem bilhetes de se esgotar.
Três jovens da Mealhada são os autores do filme «A Ratoeira Portuguesa», uma comédia hilariante produzida por ex-alunos do curso de Multimédia da Escola Profissional Vasconcellos Lebre que pensaram, planearam e executaram um filme com «uma simples câmara Sony e um microfone de 20 euros».
Os jovens assumem que a expectativa do impacto do filme era grande, «até por ser uma novidade», mas confessam que «não pensávamos esgotar uma sessão, quanto mais quase três». «O “feedback” que temos tido das pessoas tem sido 100% positivo e todos estão ansiosos para ver o produto final», referiu, ao nosso jornal, Tomás Estarreja, desvendando que, quando colocaram os bilhetes à venda num quiosque da cidade da Mealhada, «não contavam que as pessoas fossem logo na hora, ao local, para os adquirirem», o que levou a que a primeira sessão esgotasse em doze minutos.
O guião do filme «A Ratoeira Portuguesa» começou a ser escrito no verão passado, mas foi já em janeiro deste ano que Manuel Lopes, de São Romão, Lourenço Ligeiro, do Cardal, e Tomás Estarreja, de Ventosa do Bairro, passaram à ação. Recorrendo a colegas e conhecidos – como o artista Paulo Júlio, o músico Andy Scotch e a professora na Mannarino -, contam a história de Luís Merenda, um jovem prestes a ser expulso de casa pelo seu pai e que procura a ajuda do tio Paulo Merenda, desconhecendo ser este o gerente de uma máfia de roubo de catalisadores. Para o agradar, Luís realiza um trabalho perigoso, acabando por ser roubado e levando-o a uma dívida de 50 mil euros. Com a ajuda de um amigo, um mexicano especialista em assaltos a mansões, Luís embarca numa jornada caótica para recuperar o dinheiro perdido e pagar a sua dívida, enfrentando situações hilariantes e desastrosas.
E desengane-se quem pensa que a história acaba aqui, porque estes jovens artistas tencionam fazê-la crescer. «Queremos dar-lhe continuidade, com uma alta produção e um bom investimento, sabendo, à partida, que isso não se consegue facilmente», rematou ainda Tomás Estarreja.
Texto de Mónica Sofia Lopes
Fotografia com Direitos Reservados