Há uma semana que «desfilam» pelo concelho da Mealhada as 12 finalistas do concurso «Miss Portuguesa 2023», que vêm de várias partes de Portugal e também de comunidades portuguesas oriundas de três países. Pelo município mealhadense têm, não só realizado o seu estágio, mas também participado em atividades pela comunidade, como visitas a empresas e IPSS. A final do projeto deste ano acontece amanhã, 16 de setembro, a partir das 19h00, no Cineteatro Messias.
Não é a primeira vez que a organização do concurso passa pelo concelho da Mealhada, utilizando as instalações de uma unidade hoteleira da vila de Luso. Este ano, escolheram também o Cineteatro Messias para a final «do maior concurso de beleza português», que surge, uns anos depois, da «Miss Portugal» ter terminado. «O nosso mote é representar o país e como o país não é só Lisboa, acabamos por passar por outros concelhos e levar as finais a outras localidades», explicou, ao nosso jornal, Catarina de Brito, diretora do concurso «Miss Portuguesa».
O projeto deste ano começou nos primeiros meses, com as inscrições, a seleção das mesmas e diversas fases até que se chegasse às 12 finalistas, com idades dos 16 aos 38 anos, provenientes de Portugal, mas também das comunidades portuguesas nos Estados Unidos da América, França e África do Sul, que fazem as suas próprias eleições e cuja principal condição é terem nacionalidade portuguesa. A última semana culminou num processo intenso de preparação para a Gala do próximo sábado. «O estágio tem avaliação diária relativamente a vários pontos, como postura e elegância e onde são feitas várias entrevistas. Ontem, por exemplo, tiveram uma prova de orientação na Mata do Bussaco», revelou Catarina de Brito, enfatizando que «as pessoas não têm noção do trabalho que elas fazem até chegarem aqui».
Como forma de as candidatas «se sentirem em casa durante o estágio» são feitas várias atividades de integração na comunidade. «Visitaram o Bussaco, as Caves, restauração, vários espaços desportivos – como o Pavilhão de Luso e a Academia de Dança do HCM -, diversas empresas com influência no concelho, a Câmara Municipal e também fomos à APPACDM. Ser miss também é isto, é ser beleza e abraçar causas, tentando fazer a diferença», enalteceu a diretora do concurso.
E as candidatas não podiam estar mais de acordo. Raquel Fonseca, de 28 anos, residente em Nova Iorque, foi Miss Farmingville em 2017 e Miss Portuguesa USA 2022, lugar que a permite estar agora neste concurso português. «Estar aqui é ótimo e nem sei explicar em palavras», confessa a jovem, descrevendo que o estágio «tem tanto de divertido como de cansativo». «Temos um excelente convívio e, apesar de estarmos a concurso, sairemos daqui amigas», afirmou, destacando «a Mata do Bussaco e o Convento de Santa Cruz» como os locais que mais gostou de visitar.
Ana Luísa Silva, tem 17 anos, reside em Lisboa e já participou duas vezes na Miss Galaxy Portugal, estando, pela primeira vez, na Miss Portuguesa. «Resolvi candidatar-me a algo com a qual não estava familiarizada», explicou-nos, confessando que a visita à APPACDM «foi marcante». «Devido à idade nunca fiz voluntariado e a oportunidade de estar neste concurso também me deu esta experiência», avança a jovem, aluna do 11.º ano na área de Ciências, Tecnologia e Geometria Descritiva.
Ambas aspiram que o dia de amanhã seja cansativo, mas esperam que «tudo corra bem», estando a final prevista acontecer, a partir das 19h00, no Cineteatro Messias. As entradas são gratuitas, devendo os interessados tentar a reserva de bilhete através do correio eletrónico rpublicas@missportuguesa.pt.
Candidatas contam com apoio de familiares e amigos no dia da Gala
A Gala de amanhã promete uma noite de emoções. «A minha família vem toda cá. Residimos nos Estados Unidos, mas somos de Tábua e a minha mãe vai trazer a aldeia toda», disse, entre risos, Raquel Fonseca, corroborada pela colega Ana Silva, que afiança que «até do Brasil vêm familiares passar o fim-de-semana à Mealhada para assistirem ao espetáculo».
Hugo Silva, vereador na Câmara da Mealhada, destacou, ao nosso jornal, a importância de receber um evento desta natureza «por toda a dinâmica que gera e que surgiu de uma vontade demonstrada pela administração do Grande Hotel de Luso», assim como a semana de estágio que proporciona «uma ligação à comunidade e às instituições locais».
Mónica Sofia Lopes