A Câmara da Mealhada vai fazer uma apresentação pública dos traçados 4 e 5 da linha de Alta Velocidade – os que passarão na Mealhada -, na próxima sexta-feira, dia 14 de julho, pelas 18h30, no auditório da Escola Profissional Vasconcellos Lebre. Segue-se, na segunda-feira seguinte, dia 17, pelas 9h00, uma reunião extraordinária do executivo camarário e ainda uma sessão da Assembleia Municipal, no mesmo dias, às 20h30.
«Há dois traçados que passam na Mealhada, que são o 4 e o 5, já tínhamos visto aqui que o traçado quatro seria o melhor, mas agora vamos analisar o parecer que temos que enviar para a Agência Portuguesa do Ambiente», referiu o presidente da Câmara da Mealhada, António Jorge Franco, informando que, para além da reunião extraordinária na próxima segunda-feira, «já fiz um pedido ao presidente da Assembleia Municipal para também, neste órgão, reforçarmos o nosso parecer».
Em comunicado, posterior à reunião, o autarca afirma que «não é minimamente razoável a opção do eixo 5. Espartilha diversas freguesias, implica a afetação de mais de duas dezenas de casas de habitação e acarreta enormes prejuízos para a população. Além de implicar a demolição de habitações, condiciona fortemente as áreas de construção urbana nas nossas freguesias. Tendo a Câmara que se pronunciar, optou pelo eixo 4, mas esta apresentação visa informar a população do que aqui está verdadeiramente em causa».
Recordamos os nossos leitores que está a decorrer, até ao próximo dia 28 de julho, a consulta pública da Avaliação de Impacte Ambiental do projeto «Alta Velocidade – Lote B – Troço Soure / Aveiro (Oiã)», em https://participa.pt/, plataforma onde qualquer cidadão pode manifestar a sua posição.
No concelho de Anadia foi já aprovada uma moção, por unanimidade, contra os três traçados da Linha de Alta Velocidade, que passam pelo município, alegando a autarca Maria Teresa Cardoso que a construção levará «à expropriação de terrenos, demolição de habitações, perturbações nas linhas de água e aquíferos, desvalorização de propriedades e habitações, destruição de vinhas, excesso de ruídos e vibrações, entre outros aspetos negativos», em diversas freguesias do concelho anadiense.
Mónica Sofia Lopes