A Feira de Artesanato e Gastronomia da Mealhada, que decorreu de 3 a 11 de junho e de entradas gratuitas, foi “uma aposta ganha”, atraindo milhares de pessoas à cidade, o que se refletiu, e segundo um comunicado da Autarquia, “na dinamização do comércio local, em especial do setor da restauração que, nos dias mais fortes, registou uma procura elevada”.
“A primeira avaliação que fazemos, baseada nos comentários que nos foram chegando, é extremamente positiva. Conseguimos alcançar dois objetivos: colocar a feira na rota das feiras nacionais de artesanato e tivemos a capacidade de atrair milhares de pessoas ao nosso concelho, criando, desta forma, um forte impacto positivo na economia local”, afirma António Jorge Franco, presidente da Câmara da Mealhada.
Apesar da chuva em alguns dias, nas diversas áreas do certame, foi notório o interesse e o aumento de visitantes, especialmente nos dias mais fortes em termos de cartaz, com as atuações, no Palco Cineteatro Messias, situado na Avenida 25 de Abril, de Fernando Daniel, Ivandro, João Pedro Pais e Rita Guerra, que encerrou o certame.
“Julgo que a conjugação de um cartaz mobilizador com os diversos setores da feira foi bem conseguida. A área das tasquinhas e o espaço 4 Maravilhas da Mesa da Mealhada tiveram uma procura elevada, a Zona 231, a área desportiva e o palco coletividades mobilizaram os seus públicos, e o artesanato registou, indubitavelmente, uma melhoria qualitativa com artesãos e artes de todo o país, fruto da classificação e do apoio do Instituto do Emprego e Formação Profissional”, sublinha o autarca, explicando que “a feira extravasou o seu recinto e refletiu-se nos restaurantes, nas cafetarias e até lojas de diversa índole”, segundo a informação transmitida por vários operadores económicos do concelho.
Nos próximos dias será feita uma avaliação mais profunda de todas as dinâmicas inerentes à feira que é o maior evento do Município. “Há sempre espaço para melhoria, avaliaremos setor a setor para que, no próximo ano, consigamos apresentar um certame de qualidade aos mealhadenses e a quem nos visita”, conclui António Jorge Franco.
“Este não é o certame que o PS defende”, disse, na reunião do executivo, José Calhoa
O assunto foi focado na última reunião do executivo camarário, que se realizou a 13 de junho, com José Calhoa admitir que “este não é o certame que o PS defende”.
Da mesma bancada, Luis Tovim afirmou que com a mudança da Feira para a zona desportiva “foram eliminados muitos problemas. A sua mudança foi mesmo uma consequência do crescimento do certame”. “Aqui no centro, este ano, mudaram o palco, precisamente porque se esperava mais gente com o cartaz apresentado”, continuou o vereador da oposição, garantindo que “muita gente da Mealhada não partilha desse otimismo”, referindo-se à forma como o executivo “vê” o evento.
“Trouxemos artesãos de todo o país. No ano passado repusemos a Feira de Artesanato. Este ano, com mais tempo, melhoramo-la”, defendeu António Jorge Franco, acrescentando que “a mudança de palco se deveu ao ‘conflito’ que existia entre palcos” devido ao som. “Tentamos sempre corrigir o que achamos que podemos”, referiu o edil, destacando o apoio do IEFP que garantiu “a hospedagem no Luso dos artesãos vindos de fora”.
Sobre o tema, Hugo Silva, vereador na Câmara da Mealhada e responsável pelo pelouro da Feira de Artesanato e Gastronomia, começou por “dar uma palavra de agradecimento e reconhecimento às equipas de serviço da Câmara, de todos os setores”. “Destaco as ‘Maravilhas’ que foi sempre o ponto mais tardio a fechar e agradeço às associações que estiveram presentes que deixaram ali, sangue, suor e lágrimas”, enalteceu.
“Estamos conscientes de que há pontos a melhorar e aprendizagens a fazer, mas, após várias inspeções ao certame, estamos certos de que houve uma clara melhoria. Na higiene e segurança alimentar, as coisas foram bem tratadas”, garantiu o autarca, que agradeceu ainda “a todos os artesãos que se deslocaram ao concelho da Mealhada”.
“Temos dores a tratar e lições a tirar devido ao fluxo de pessoas que já esperávamos, mas globalmente a realização da Feira no centro da Mealhada foi bastante positivo”, enfatizou.
Texto de Mónica Sofia Lopes
Fotografia Autarquia da Mealhada