A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica promoveu até às 22h00 da passada quarta-feira uma ação de fiscalização de controlo de mercadorias, a nível nacional. Um dos pontos, dos 51 por todo o país, foi no Itinerário Complementar 2, na zona da Malaposta, concelho de Anadia, ao início da tarde do dia 17 de maio.
«É uma operação nacional, de rotina, que pretende fazer o controlo de mercadorias e que tem a duração superior a 24 horas, tendo iniciado às 18h00 de terça-feira e só terminará às 22h00 desta quarta-feira (17 de maio)», referiu, ao «Bairrada Informação», Pedro Portugal Gaspar, inspetor-geral da ASAE.
A operação, distribuída por 51 pontos do país, envolveu 160 inspetores da ASAE e, no concelho de Anadia, contou com o apoio de militares do Destacamento Territorial de Anadia da GNR. «Às 14h00 (de ontem) o balanço era de 1.570 veículos fiscalizados, havendo um processo-crime por contrafação de vestuário e 18 processos de contraordenação, nomeadamente, sete relacionados com o registador de temperatura», explicou o inspetor-geral da ASAE, enfatizando que numa das contraordenações «foram apreendidos 80 kg de bivalves, cujo o detentor não tinha a documentação necessária e, desta forma, não garantia a devida salubridade de uma matéria com potencial de toxicidade e que originaria mais de 200 refeições».
«Isto significa que temos uma taxa, até agora, de pouco mais de 1% de incumprimento, o que significa que os operadores estão a corrigir as suas situações e há um esforço progressivo na melhoria das suas práticas», disse ainda Pedro Portugal Gaspar.
Uma das automobilistas alvo da fiscalização de ontem, na Malaposta, «trazia o veículo sem mercadoria, uma vez que apenas tinha vindo descarregar uma mobília para um familiar». «Acho correto que se façam estas ações, mas para quem anda na estrada, ser mandado parar pela ASAE, assusta um bocado», referiu Maria José, oriunda do Norte do país.
Durante cerca de uma hora, período em que o nosso jornal acompanhou a operação, apenas foi registada uma contraordenação «por falta de registador de temperatura para o tipo de carga que transporta e os quilómetros que faz». «O que também acontece muitas vezes é terem o registador, mas este não estar calibrado», disse-nos, no local, um inspetor da ASAE.
Mónica Sofia Lopes