A Junta de Casal Comba irá proceder, de forma faseada, à renovação das placas toponímicas da freguesia. A primeira será no Largo do Chafariz “Eng.º Alberto Ferreira da Cunha”, que será colocada na próxima segunda-feira, dia 22 de maio.

As novas placas, e segundo Nuno Veiga, presidente da Junta de Freguesia de Casal Comba, “irão conter, sempre que se justificar, códigos QR Code, para aceder ao site desta Autarquia, onde estão disponíveis as informações de maior interesse e também da história do local onde o utilizador se encontra”. “O procedimento é simples, podendo qualquer pessoa apontar a câmara do telemóvel e rapidamente toda a informação aparecerá no ecrã”, explica o autarca.

«Trata-se de uma inovação e um marco histórico, no dia em que passam 72 anos do falecimento do Eng.º Alberto Ferreira da Cunha, antigo presidente de Câmara e um grande benemérito de Casal Comba, pelo que a primeira placa toponímica a ser instalada será no Largo do Chafariz com o seu nome”, refere ainda Nuno Veiga.

Sobre Alberto da Cunha, num trabalho realizado por Nuno Canilho, para o centenário do Largo do Chafariz, em 2013, pode ler-se que “nasceu numa família ilustre e abastada, nesta terra, há quase 160 anos. Mas podia ter guardado para si e para os seus o seu lucro. Não! Estudou e aumentou o seu património, mas não o escondeu. Partilhou-o! Poderia tê-lo investido para o multiplicar. Mas partilhou-o com os seus conterrâneos”.

“Percebeu o que faltava aos seus conterrâneos, e proporcionou trabalho a muitas dezenas de famílias. Percebeu que o futuro passava pela Educação dos mais jovens e construiu uma escola que serviu a nossa terra durante mais de meio século. Percebeu que a água era um bem essencial, mas que em Casal Comba o seu acesso era perigoso e não livre de doenças, e por isso comprou terreno, mandou fazer a captação e a ligação da água para um moderno chafariz no centro de Casal Comba. E mandou fazer pias para os animais e lavadouros públicos para garantir higiene e bem-estar”, continua o mesmo documento, que acrescenta ainda que o benemérito “alojou famílias inteiras nas suas casas durante dezenas de anos sem nunca ter cobrado absolutamente nada. Maria José ‘Velhinha’, e as filhas Maria, Idalina, Lurdes e Palmira poderiam testemunhar a sua generosidade. Mas também Maria Santos ‘da Vaca’, ou Maria ‘do Barreiro’. Tirou mendigos da rua. Dando-lhes abrigo e comida e nunca se negou pão a ninguém que batesse à porta da Quinta da Lomba. Apoiou mutilados da Primeira Guerra Mundial – como João Soares ‘Raça’ – que tantos de nós também conhecemos”.