A Fundação Mata do Bussaco inaugurou, na tarde da passada sexta-feira, o Centro Educativo, uma obra de cerca de 100 mil euros, financiada em 75 mil euros através de um projeto transfronteiriço, designado de Interreg, que juntou a Fundação a duas entidades espanholas; tendo o restante sido apoiado por parceiros, nomeadamente a Fundação Luso, que custeou os equipamentos instalados no novo espaço.
«Este projeto teve início em 2016 com uma estrutura diferente da que temos hoje, em que por dificuldades não se conseguiu realizar», começou por dizer Guilherme Duarte, presidente da Fundação Bussaco, explicando que «em 2021 redefinimos estratégias e assumimos que iriamos executar o projeto até ao fim e direcioná-lo para a Educação».
Concebido para acolher a comunidade, o Centro Educativo tem o foco na comunidade infanto-juvenil e escolar e está equipado com elementos expositivos e interativos que permitem que os visitantes possam conhecer a beleza cénica dos jardins e a biodiversidade da Mata. «Somos procurados por diversos públicos e faltava-nos um espaço assim de contexto de sala de aula, para que se possam ser feitas experiências de laboratório», continuou Guilherme Duarte, congratulando o apoio da Fundação Luso que «tem colaborado connosco nas mais diversas áreas» e enaltecendo os protocolos que já tem com as Universidades de Aveiro e de Coimbra. «Com o aniversário da Fundação à porta, a 19 de maio, esta inauguração ainda nos faz mais sentido», referiu ainda.
Palavras que Nuno Pinto Magalhães, presidente da Fundação Luso, agradece, explicando que as premissas da Fundação são «a saúde, a água e a comunidade» e que este apoio se insere na comunidade. «O apoio da Fundação Luso à construção deste espaço vem reforçar a parceria de muitos anos com a Mata do Bussaco, a qual tem incidido na preservação e promoção do património natural e cultural da região, onde está a origem da água de Luso», enfatizou.
Cristina Oliveira, Delegada Regional de Educação da Região Centro, afirmou que «espaços como este são um privilégio para os mais jovens, mas também para os adultos». «Procuramos na Educação sair fora de portas e desconstruir o modelo informal. Aqui os jovens serão mais criativos, curiosos e felizes. Aprender, metendo as mãos na massa, é promover o sucesso dos alunos», disse ainda, garantindo que «todo o investimento em educação não é despesa».
António Jorge Franco, presidente da Câmara da Mealhada, recordou que «o Centro de Interpretação Ambiental (situado no Parque da Cidade da Mealhada) começou aqui com o programa Life+». «Achávamos que o Bussaco se tinha que estender e que o melhor local era junto às escolas», disse.
O projeto Interreg foi financiado com 266 mil euros em projetos para o Bussaco. «Para além do espaço educativo, houve a valorização dos jardins com o sistema de rega, bem como a recuperação do Jardim das Camélias».
Mónica Sofia Lopes