A IV Gala da Cruz Vermelha Portuguesa da Delegação do Concelho da Mealhada, que assinala, em 2023, 44 anos, realizou-se na noite do passado sábado. O evento, repleto de momentos artísticos, homenageou, a título póstumo, Laura Rodrigues com o prémio Voluntário +; Hugo Santos com o Prémio Henri Dunant; a Farmácia Foral, da Vacariça, com o Prémio Parceiro +; e Rodolfo Leite, pároco no concelho da Mealhada, com o Prémio Joaquim Andrade, Ser +. No seu discurso, Vítor Soares, presidente da Cruz Vermelha no concelho da Mealhada, falou numa instituição «séria e competente», cuja «credibilidade», diz, é reconhecida pela comunidade.

No ano em que assinala os 44 anos do trabalho da Cruz Vermelha Portuguesa no concelho da Mealhada, instituição com cinco mil voluntários a nível nacional, Vítor Soares fala numa entidade cujos valores assentam na solidariedade, democracia, liberdade e igualdade. «Somos a maior organização comunitária do mundo, com áreas de atuação muito diversas, tais como, na fome, guerra e calamidades de todo o tipo», referiu o dirigente, explicando que «o desafio está em dar respostas às novas realidades», exemplificando que uma delas, passa pelo voluntariado associado ao envelhecimento da população. «O voluntariado permite manter a atividade e o envelhecimento ativo, reforçando laços e prevenindo o isolamento», disse.

«Uma sociedade mais justa tem que criar condições para o voluntariado. Há um grande caminho a percorrer, mas estamos hoje mais fortes e com um capital humano mais preparado», concluiu ainda Vítor Soares, antes de homenagear Rodolfo Leite com o grande prémio anual Joaquim Andrade, Ser +. Um prémio recebido pelo pároco com «imensa gratidão», depois de visualizar várias mensagens transmitidas no ecrã por amigos. «A justiça já não chega para este mundo. O pão sem compaixão já não mata a fome e esta é a grande missão das pessoas de boa vontade: querer o bem aos outros», referiu o padre Rodolfo Leite, garantindo que «quando somos capazes de cuidar do coração dos outros, o pão é sempre suficiente».

Hugo Santos, voluntário na Cruz Vermelha da Mealhada há 19 anos, recebeu o Prémio Henri Dunant; e a Farmácia Foral, na Vacariça, o de Parceiro +, tendo Joana Castelões, diretora técnica, dedicado o reconhecimento «aos utentes e amigos». O momento de maior emoção aconteceu na entrega, a título póstumo, do Prémio Voluntário +, a Laura Rodrigues, antiga tesoureira da direção, falecida em 2021, e que foi recebido pela filha. «Agradeço à Cruz Vermelha todo o carinho com que acolheu a minha mãe, assim como todas as amizades e laços que aqui tem», congratulou, em lágrimas, a filha, também ela Laura Rodrigues, lamentando que «não tenham sido mais momentos».

Com apresentação do lusense Miguel Midões, jornalista na TSF, a Gala contou as atuações da secção de Ballet do Hóquei Clube da Mealhada; do músico, também de Luso, Miguel Silva; dos GEDEPOS, do Grupo Etnográfico de Defesa do Património e Ambiente da Região de Pampilhosa; da escola de samba Real Imperatriz, de Casal Comba; Dance With Heart; do cavaquinista Paulo Bastos; do músico da Mealhada, Paulo Andrade, mais conhecido por «Pama»; e de Noiserv, o convidado especial desta Gala.

Os parabéns foram cantados à volta de um bolo de aniversário confecionado por Lídia Ribeiro, doceira no restaurante Rei dos Leitões.

 

Texto de Mónica Sofia Lopes

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