Sobre o processo de desagregação de freguesias, aprovado por unanimidade, em Assembleia e sob proposta do Partido Socialista, Abílio Semedo afirma, ao nosso jornal, que «o fundamental é o processo já estar na Assembleia da República», assumindo, contudo, ter sido apanhado de surpresa com a proposta de elementos da bancada da oposição. «A Junta, sem obrigação de o fazer, mas na tentativa de ajudar em tudo o que fosse preciso, pediu ao gabinete de advogados com quem trabalha para estudar todo o processo, para que tudo fosse feito e a assembleia pudesse subscrever. Qualquer proposta iria ser apresentada pela assembleia e não pelo executivo», afirmou, recordando que «a agregação foi feita contra a vontade das pessoas, principalmente em Antes e Ventosa, tendo havido inclusivamente processos em Tribunal. Por isso, é, e sempre foi, unânime esta vontade de desagregação de freguesias por parte de todas as bancadas políticas».
Apesar do que que considera ter sido «uma questão política», o autarca diz que «o fundamental é o processo já ter dado entrado na Assembleia da República». «Não sei se está tudo bem, se é para avançar ou se falta algum documento que se possa remeter, mas estamos a aguardar calma e serenamente, até porque qualquer novidade que haja será sempre remetida para o presidente da Assembleia Municipal», avança, garantindo que, com a desagregação aprovada, «haverá muito trabalho a fazer daqui para a frente».
«É importante dizer-se que, fazendo parte de um “bolo” maior é sempre mais fácil fazer determinada obra e trabalho, sendo um “bolo” mais pequeno as freguesias podem vir a ser prejudicadas», explica o autarca, exemplificando, que «neste momento, tenho quatro funcionários na Póvoa do Garção (Ventosa do Bairro) e isto significa que em dois, três dias a limpeza do local fica feita, quando houver só um, será mais difícil, claro».
Texto de Mónica Sofia Lopes
Fotografia de Arquivo