O estudo final para a expansão do Sistema de Mobilidade do Mondego, da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, foi aprovado, por unanimidade, na reunião do executivo autárquico mealhadense., que se realizou a 9 de janeiro À Mealhada o «metro superfície» (através de um “Bus Rapid Transit”) chegará à Zona Industrial da Pedrulha, vindo de Cantanhede, em direção à zona escolar da cidade e à estação de comboios. Relativamente às viagens entre Coimbra e Mealhada, o meio preferencial será a ferrovia, garantindo-se «uma maior rapidez e frequência de comboios».
«Foi apresentado um plano ferroviário que defende a ligação entre Coimbra e Cantanhede pela via do comboio, sugerindo a reativação de parte do ramal da Figueira da Foz», explicou o presidente da Câmara da Mealhada, adiantando que chegou a ter uma reunião com o Ministério das Infraestruturas e que, para além, da reativação do ramal da Figueira da Foz, que liga a Pampilhosa a Cantanhede, haverá também o BRT («Bus Rapid Transit»), para que seja assim possível a ligação efetiva de Coimbra a Cantanhede e daqui à Zona Industrial da Pedrulha.
«A nós dará resposta à Zona Industrial e às escolas», acrescentou ainda o edil, explicando que as viagens entre as cidades de Coimbra e da Mealhada serão feitas através da ferrovia, com comboios a passarem com «maior frequência e rapidez».
Para a oposição, o tema «já deu o que tinha a dar»: «A lógica da Infraestruturas de Portugal é esta, a de se andar de plano em plano. O TGV não era para se fazer, agora já é, mas se calhar com a mudança de ministro pode voltará a não ser e andamos nisto». «Tenho a convicção de que nada disto irá andar para a frente», referiu o socialista Rui Marqueiro.
Já José Calhoa, da mesma bancada, afirma que «o estudo está apresentado numa linguagem muito massuda» e que «está muito virado para Cantanhede». «O estudo chega mesmo a dizer que a Mealhada perde por ter a ferrovia», enfatizou.
António Jorge Franco reafirmou que «a grande vantagem para o concelho da Mealhada é a de se ligar a Zona Industrial à linha férrea» e uma outra a da utilização de uma bilhética única: «Compro um bilhete na Escola Secundária para Coimbra e ando nos transportes todos até lá chegar sem precisar de mais nada».
Na mesma sessão, Sónia Leite, vereadora eleita pelo PS, questionou também «para quando a abertura da Casa Municipal da Juventude», situada em Ventosa do Bairro. Em resposta, Hugo Silva, responsável pelo pelouro da Juventude, referiu que «a Zona 231 já abriu no Espaço Inovação» e que se destina «a jovens, jovens adultos, empreendedores e estudantes». «Em relação à Casa da Juventude há uma candidatura aprovada que tornará, parte do edifício, num espaço de “cowork”», disse ainda, explicando que «parte dos equipamentos da Casa foram para o Espaço Inovação».
José Calhoa declarou que «o fim que norteou aquele espaço foi o de se atrair juventude para Ventosa do Bairro», mas Hugo Silva garantiu ter procurado e pedido aos serviços informação, mas não saber «até hoje o que norteou, ali, aquele investimento». Declaração que levou Rui Marqueiro a garantir que «a Casa Municipal da Juventude tinha objetivos concretos». «Espero que os eleitores de Ventosa olhem bem para o que fizeram», rematou o vereador da oposição.
Mónica Sofia Lopes