Na reunião de Câmara, da passada quarta-feira, António Jorge Franco, presidente da Autarquia da Mealhada, deu a conhecer um processo jurídico de que foi alvo, recentemente, e que focou o período em que presidiu a Fundação Mata do Bussaco, relativamente «a supostas irregularidades cometidas» na empreitada de reabilitação das «Casas do Bussaco».

«Este processo foi interposto pelo dr.º Rui Marqueiro e a resposta do Ministério Público chegou agora, onde é descrito que “analisada a documentação, se verificou não haver indícios que revelem intenção de prejudicar a Mata do Bussaco ou que beneficiem quem quer que seja”», leu António Jorge Franco, acrescentando que o documento diz ainda que, referente a esta empreitada, «a Fundação consultou várias empresas para a referida adjudicação, conseguindo assim o melhor preço». «Sempre tive a consciência tranquila e sempre tentei estar nos cargos em prol da comunidade e não da minha pessoa», afirmou o autarca.

Rui Marqueiro, anterior presidente da Autarquia e atualmente vereador da oposição, enfatizou que «as “Casas do Bussaco” têm grandes defeitos» e que «o problema nunca foi a contratação pública, mas sim o facto do dono da obra ser também quem a fiscalizou». «O Ministério Público está cheio de processos e entende que é possível que o dono da obra possa fiscalizar a mesma», declarou ainda, admitindo que o processo possa não ficar por aqui: «Se quiser gastar algum dinheiro, peço a abertura de instrução». O vereador socialista referiu também que «houve ainda outra queixa». «Pena é que os factos estivessem prescritos e o despacho só me tenha chegado a mim», rematou, prometendo levá-lo a uma próxima reunião de Câmara.

Sobre o tema, e já posteriormente à reunião, o Movimento Independente Mais e Melhor emitiu um comunicado onde afirma que estão a ser usados «instrumentos jurídicos para fins de perseguição política, destruição da imagem pública e inabilitação de um adversário político», acrescentando ainda: «Seguimos com a confiança de quem está de consciência tranquila e consciente do que nos esperava e espera».

 

Texto de Mónica Sofia Lopes

Imagem de Arquivo