«Monólogos do Pénis», com os atores Ricardo Carriço e Ricardo Castro, subirá ao palco do Cineteatro Messias, na Mealhada, esta sexta-feira, dia 7 de outubro, pelas 21h30. Ao «Bairrada Informação», Ricardo Carriço afiança que a boa disposição será assegurada. «Todos temos um amigo ou conhecido parecido com um dos personagens. Durante uma hora e vinte minutos haverá pura comédia, onde a boa disposição e as gargalhadas são garantidas», afirma, sobre uma peça onde os personagens – um «fura-vidas» vendedor de automóveis e um sofisticado jornalista / escritor – vão conversando sobre tudo aquilo que não falam na presença de mulheres.
Conhecido dos palcos e da televisão, Ricardo Carriço iniciou a sua carreira no final da década de 80 que, segundo nos conta, foi acontecendo «de forma natural». «Nos meus tempos de manequim, nos anos 80 e 90, os desfiles eram muito coreografados e tínhamos de representar. E a verdade é que isso despertou em mim alguma curiosidade», diz-nos o ator, desvendando que «um dia, por acaso, numa entrevista, comentei que gostaria de passar pela experiência de trabalhar como ator. Logo no dia seguinte, o Tó Zé Martinho (argumentista) telefonou a convidar-me para fazer um casting».
A partir daí os projetos foram surgindo, nomeadamente, «Claxon» e «Major Alveja», até chegar à primeira novela «Cinzas». Seguiu-se então o teatro, com a sua primeira participação a acontecer na peça «Ricardo II». Ao nosso jornal, garante sentir-se «em casa» tanto no teatro como na televisão, mas confessa que «o teatro tem uma magia especial».
Com cartas dadas na moda, na televisão e no teatro, Ricardo Carriço abraça ainda a música, que afirma ter estado sempre presente na sua vida. «Ganhou peso quando passei pelo coro “Regina Coelli” e tive, posteriormente, a minha primeira banda. Em 1991 passei pelo Festival da Canção, com os Bloco, no ano em que concorreu a Dulce Pontes, e onde arrecadamos o segundo lugar, o que para nós foi uma honra», recorda o artista português, que lamenta «a subvalorização da arte e da cultura em Portugal, onde a meritocracia é quase inexistente e onde temos que nos reinventar a cada dia».
Ricardo Carriço declara que o período mais intenso da pandemia «não foi fácil para nenhum artista, até porque nós trabalhamos para o público» e, por isso, «vermos de novo as salas cheias, foi maravilhoso». «Neste momento estou em tournée pelo país, com o espetáculo “Monólogos do Pénis”, e, em paralelo, a preparar uma exposição de pintura para o final do mês de novembro», diz, garantindo que este lado itinerante da profissão «é um luxo». «Viajamos pelo nosso país, revemos e conhecemos novos lugares e pessoas e tudo isto a fazer o que mais gostamos», congratula-se.
O espetáculo «Monólogos do Pénis», com texto original de autoria de Carlos Eduardo Novais e adaptação de Luis Filipe Borges, chegará à Mealhada no próximo dia 7 de outubro e os bilhetes podem ser adquiridos através da Ticketline. «Esta peça é uma forma de nós, homens, nos rirmos de nós próprios. Todos temos um amigo ou conhecido parecido com um dos personagens. Será uma hora e 20 minutos de pura comédia, onde a boa disposição e as gargalhadas são garantidas», afiança.
No final, quisemos ainda saber o que passa pela cabeça de Ricardo Carriço quando se fala na Mealhada. Em resposta, o artista é perentório: «O leitão, como é óbvio».
Mónica Sofia Lopes