O MeaJazz realizou-se nos passados dias 2 e 3 de setembro no Jardim do Lago de Luso. A quinta edição ficou marcada pela mudança do evento da cidade da Mealhada para a vila termal do município.

No primeiro dia, o quarteto “Coisas do Jazz”, composto por um músico alemão e três músicos do círculo de jazz de Lisboa, interpretou músicas de Cole Porter, George Gershwin, Walter Gross e Jimmy McHugh, às quais adicionou sonoridades da música brasileira influenciada por jazz de Rosa Passos e Edu Lobo, com traços do swing norte-americano e dos ritmos latinos. Fizeram também parte do seu repertório originais que o pianista alemão Michael Kotzian escreveu para o quarteto.

Segiue-se, no mesmo dia, a banda “Suzie and the Boys”, que juntou a música a uma performance “cabarética”. Em palco, os músicos personificaram a diva – protagonizada pela cantora “mealhadense de coração” e front lady deste projeto Miss Suzie – e os boémios dos clubes/caves underground dos anos 50/60, a Nouvelle Vague, o Film Noir. No fundo, um cabaret com um glamour cinematográfico, que é a imagem de marca da banda.

No sábado, dia 3 de setembro, subiram ao palco os Inquiet’Ensemble para desassossegar as emblemáticas obras de José Mário Branco e Adriano Correia de Oliveira. De uma forma inquieta, num espetáculo repleto de virtuosismo e muita energia, os músicos cruzaram as pontes entre as margens da canção e da improvisação, numa simbiose perfeita entre o jazz e a música portuguesa.

A última atuação da noite foi a solo. Jéssica Pina, a trompetista portuguesa que foi convidada por Madonna para integrar a digressão Madame X, mostrará o ser novo trabalho, “Vento Novo”, composto por quatro faixas, onde a artista arrisca na composição e nos textos cantados por si.

Na reunião do executivo camarário, que se realizou na semana passada, Gil Ferreira, responsável pelo pelouro da Cultura no Município, prestou “um reconhecimento à qualidade da programação”, acrescentando que “este evento deu visibilidade e notoriedade à marca Mealhada”.

“Estamos a avaliar onde pode ser melhorado e a preparar a sexta edição deste evento que merece ser desenvolvido”, enfatizou Gil Ferreira, enaltecendo o papel dos funcionários dos serviços da Câmara: “Fora todo o trabalho para o evento, são eles que lá ficam até às 2h00 e 3h00 a fechar tudo”.

 

 

Fotografias de José Moura