A rota fotográfica «Luso Antique», com onze imagens antigas espalhadas pela vila de Luso, está completa agora com a colocação dos «QR Code» com a descrição de cada fotografia. O projeto, implementado há dois anos, foi apresentado publicamente, no passado dia 11 de agosto, e, segundo Claudemiro Semedo, presidente da Junta de Freguesia de Luso, «até já foi alvo de “cobiça” por parte de dois municípios portugueses». «Estas onze unidades devem crescer por outros pontos, nomeadamente, junto às unidades hoteleiras e até à Mata do Bussaco», desafiou ainda o autarca.

Pensado há vários anos e colocado no terreno em 2020, o «Luso Antique» está agora completo com a instalação dos «QR Code». Na prática, cada máquina mostra uma imagem antiga daquilo que o visitante vê atualmente junto à mesma. «Não há quem não passe e não espreite para ver. Tenho ideia que até aqui muitas pessoas pudessem não entender do que se tratava, mas agora com a explicação o projeto fica consolidado», referiu, ao nosso jornal, o presidente da junta de Luso, desvendando que «os Municípios da Chamusca e de Chaves já nos contactaram por causa deste projeto».

A iniciativa, segundo o autarca, começou a ser pensada em 2018, com a intenção «de mostrar aos visitantes, o Luso de antigamente e o de agora». «Ao longo dos anos, fomo-nos apercebendo de que as pessoas gostam de tudo aquilo que representa o antigamente e esta rota fotográfica remete-nos precisamente para a história de Luso», explicou Claudemiro Semedo, adiantando que esta foi uma ideia «há muito tempo na cabeça» de João Silva, secretário na Junta de Freguesia.

Com fotos cedidas pelos lusenses José Moura e Nuno Alegre, o difícil foi «escolhê-las entre tantas». Já o desenvolvimento da parte informática coube ao conterrâneo Tiago Ângelo. «São onze réplicas, algumas com 40, outras 80 e até 100 anos, às quais agora foram associados os “QR Code” onde para além da fotografia se vê a descrição da mesma e o mapa, um em português-inglês e outro em português-francês», continuou o presidente da Junta de Luso, desafiando «a que o projeto possa ser alargado ao Palace, às Termas e aos hotéis da vila». «Engrandecemos o projeto e aumentamos a rota», enfatizou.

Defensor de eventos em espaços públicos, o presidente da Câmara da Mealhada, António Jorge Franco, enalteceu o projeto: «São coisas como esta que fazem com que as pessoas conheçam a vila, andando a pé». «O Luso tem que viver na região e temos que chamar as pessoas para aqui. Porque não colocar esta informação nas zonas turísticas de Coimbra, por exemplo?», deixou no ar, aplaudindo o desafio do presidente da Junta: «Realmente quando olhei para esta rota, lembrei-me que podia subir ao Palace e ao Museu Militar. Uma excelente ideia».

Também Nuno Alegre, um dos participantes ativos do projeto, enfatizou que «a paternidade da ideia é de João Silva, até mesmo antes de estar na Junta». «A ideia inicial era ter fotografias em “pódios” com descrição, mas rapidamente percebemos que não podíamos encher a nossa linda terra com cartazes», continuou, garantindo que agora «o que se vê no terreno, parece fácil, mas não o foi». «Estamos a falar, por exemplo, de mobiliário urbano que nos parece resistente ao vandalismo e em que a mesma máquina pode vir a ter utilidade num outro local, se for caso disso», afirmou ainda.

 

Mónica Sofia Lopes