A informação prévia do projeto para construção da superfície comercial Aldi, junto à Quinta da Nora, na cidade da Mealhada, foi aprovada por unanimidade, na última reunião do executivo municipal.

A informação foi avançada por António Jorge Franco, presidente da Câmara da Mealhada, que afirmou que a obra trará aquele local, bem perto do Cineteatro Messias, «mais treze lugares de estacionamento». «Uma área comercial que trará pessoas à Mealhada, pois tem um público muito específico», referiu o autarca, explicando que, relativamente às cargas e descargas, «os serviços propuseram que os camiões não entrassem na zona habitacional e, por isso, haverá uma entrada muito ligeira – para este efeito – pelo Itinerário Complementar 2».

O edil defende ainda que esta obra «vai resolver mais uma ruína do concelho, mantendo a história do edifício que ali está».

Palavras corroboradas por Filomena Pinheiro, vice-presidente da Câmara da Mealhada, que enfatiza que «em boa hora apareceu este projeto». «Estamos a léguas de distância de nos podermos orgulhar de ter uma cidade e, por isso, devemos acolher todas as pretensões de investimento». «A Mealhada tem capacidade de ser muito mais do que aquilo que é», enfatizou a autarca.

Também Rui Marqueiro, vereador eleito pelo Partido Socialista, concorda com o projeto. «É uma iniciativa louvável e, eventualmente, serei cliente», afirmou.

O assunto já tinha sido espoletado por um munícipe, na última Assembleia Municipal, que se realizou em junho passado. «Que superfícies se pretendem instalar no concelho? Como ficará o futuro dos pequenos comércios?», questionou Gonçalo Lopes, natural da Pampilhosa.

Na ocasião, o presidente da Câmara da Mealhada explicou que «o Pingo Doce está a ser construído e que o Aldi, Continente e Burguer King têm intenção de vir também para a Mealhada». «Senti na campanha que muitas pessoas saem do concelho para fazer compras em Cantanhede, Anadia e Coimbra», referiu o autarca, defendendo ser a favor «da implementação destas médias superfícies no concelho, pois trazem pessoas à Mealhada. Temos que aceitar tudo o que traga mais valia para o concelho. Também é uma forma de crescermos. Dá para todos».

 

Mónica Sofia Lopes