É generalizado dizer-se que a segurança de transações monetárias é maior em cenários offline do que por meios online. Esta ideia, porém, tem pouca correspondência na realidade.
As transações realizadas online tornaram-se incrivelmente seguras à medida que foram ganhando popularidade, pelo que atualmente é mais comum ser-se vítima de fraude com transações realizadas offline.
Se desconhece a diferença entre pagamentos online e offline, aqui fica um breve resumo.
Pagamentos Online e Offline – principais diferenças
Ao realizar pagamentos com cartão, é possível que o processamento da transação seja realizada de duas formas distintas: offline ou online.
A principal característica de um pagamento offline é que é assíncrono, isto é, embora faça o pagamento através de um meio vulgar, como numerário ou cartão em terminal de pagamento automático (vulgo “multibanco”), a transação é concretizada posteriormente, através de um processo de reconciliação de contas.
A transação fica armazenada no agente onde a realiza e só em determinadas alturas do dia é objeto de comunicação às entidades financeiras ou bancárias intervenientes. Outro exemplo de pagamento offline é o que fica pendente até que o comprador o efetue, por exemplo, mediante uma referência gerada pelo vendedor.
Por oposição, os pagamentos online são realizados de forma síncrona, isto é, a transação monetária é realizada no exato momento do pagamento.
Os pagamentos offline são mais seguros?
Sempre que uma entidade reserva dados relativos aos pagamentos realizados pelos seus clientes em plataformas de pagamento offline, corre sérios riscos de exposição daqueles dados. São conhecidos episódios de roubo massivo de dados de clientes.
Sempre que um cliente cede o seu cartão ao vendedor, as informações do cartão podem ficar temporariamente armazenadas no parque informático do estabelecimento ou empresa. Estes equipamentos podem ser inseguros, desatualizados ou mesmo desadequados para operações desta importância.
Já no caso dos pagamentos online, estes são efetuados com intermediação de plataformas externas, quer ao comprador quer ao vendedor. É o caso, por exemplo, do PayPal, em que os mecanismos de segurança permitem um grau de segurança à prova de interferência externa.
Por conseguinte, a adaptação a um mundo onde o comércio eletrónico abrange todas as áreas do consumo de bens e serviços, os formatos de pagamento sustentados em metodologias e tecnologias offline é obsolescente.
Aos consumidores, cabe instruírem-se relativamente às formas de pagamento online mais seguras. A cada passo em frente no desenvolvimento tecnológico, surgem novas formas de infligir dano a pessoas menos bem preparadas.