O Lago de Luso prepara-se para receber o «Bussaco Classical Fest», um Festival de Canto Lírico, totalmente gratuito, que se realiza nas noites dos próximos dias 29 e 30 de julho, com início às 21h00. Um evento, que segundo a organização, valoriza a região e que pretende dar uma oferta cultural, «mais exigente», para a qual não havia resposta. «São estes festivais e espetáculos que nos fazem também captar pessoas e tornar este território de excelência», congratulou António Jorge Franco, presidente da Câmara da Mealhada.

O Bussaco Classical Fest – Festival de Canto Lírico vai contar com algumas das mais conceituadas vozes do Canto Lírico, fruto de uma parceria da Orquestra Clássica do Centro com a Fundação Teatro Goldoni, de Livorno (Itália). O programa apresentado em Luso será uma espécie de antestreia do Festival de Mascagni, que se realiza, em agosto, naquela cidade.

Assim, na sexta-feira, 29 de julho, a Orquestra Clássica do Centro vai ser acompanhada pelo Tenor Xuenan Liu e pelo Maestro Sérgio Alapont, com o repertório de F. Mendelssohn (1809-1847) – Sinfonia nº 1 in Dó minor – I. Allegro di molto, II. Andante, III. Menuetto: Allegro molto e IV. Allegro con fuoco -; P. Mascagni (1863-1945), “Cavalleria Rusticana” – Intermezzo; M. Lysenko (1842-1912) – “Uma Noite de Luar na Ucrânia”; G. Donizetti (1797-1848), “L’elisir d’amore” – Una furtiva lagrima; G. Verdi (1813-1901), “Rigoletto” – La donna è mobile; e G. Puccini (1852-1924), “Turandot” – Nessun dorma.

No sábado, dia 20, a Ensemble de Cordas – Orquestra Clássica do Centro será acompanhada da Soprano Rebecca Pieri e do Tenor Xuenan Liu, com o repertório Una furtiva lagrima – «L’elisir d’amore», G. Donizetti (1797-1848); Son pochi fiori   – «L’amico Fritz», P. Mascagni (1863-1945); Serenata – P. Mascagni (1863-1945); O mio babbino caro   – «Gianni Schicchi», G. Puccini (1852-1924); Mattinata – R. Leoncavallo (1857-1919); Intermezzo – «Cavalleria Rusticana», P. Mascagni (1863-1945); Granada – A. Lara (1897-1970); Summertime – «Porgy and Bess», G. Gershwin  (1898-1937); Tu che m’hai preso il cuor  – «Das Land des Lächelns», F. Lehár (1870-1948); Yo soy Maria –  A. Piazzolla (1921-1992); La donna è mobile  – «Rigoletto», G. Verdi (1813-1901); Somewhere over the rainbow – H. Arlen (1905-1986); Nessun dorma – «Turandot», G. Puccini (1852-1924); Nella Fantasia  – E. Morricone (1928-2020); Torna a Surriento – E. de Curtis (1875-1937); Aquella moça – L. Freitas Branco (1890-1955); Funiculì, Funiculà – L. Denza (1846-1922); O sole mio – E. di Capua (1865-1917); Lippen schweigen (Tace il labbro) – «Die Lustige Witwe», F. Lehár  (1870-1948); e Brindisi  –  «La Traviata», G. Verdi (1813-1901.

Para Gil Ferreira, vereador da Cultura na Autarquia da Mealhada, «este é o primeiro passo de um percurso que esperamos longo, tratando-se de um evento – com magia própria e música erudita – que valoriza a região e ultrapassa os limites do nosso município com um programa internacional de excelência, que muito nos honra e para o qual não estávamos a dar resposta». Por ter cariz gratuito, o autarca considera «ser um espetáculo efetivamente para todos, aberto e num local maravilhoso, um anfiteatro verdejante em que a própria Natureza dá uma ajuda em torná-lo único».

Palavras corroboradas por Emília Martins, da Orquestra Clássica do Centro, que enfatiza que o Luso e o Bussaco são «dos locais mais bonitos do planeta terra». «A música tem este encanto de ter uma linguagem universal, contudo, quem aqui vier nestes dias não vai só ouvir música, mas também rodear-se de um cenário lindíssimo», defendeu.

O evento é apoiado pelo programa Cultura em Rede e pela Direção Geral das Artes.

 

Mónica Sofia Lopes