A Autoridade Nacional da Emergência e Proteção Civil emitiu um aviso de alerta, através de mensagens de telemóvel enviadas à população, para o risco extremo de incêndio rural. Já na reunião do executivo da Câmara da Mealhada, que se realizou na manhã desta segunda-feira, o presidente da Autarquia, António Jorge Franco, alertou para o clima nos próximos dias “com baixa humidade, muito calor e vento”. Circunstância que levou a Mealhada ativar o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil “no sentido de dar prioridade máxima à proteção de pessoas e bens no período crítico que se aproxima”.

 

 

Como medidas preventivas a PROCIV destaca:

 

 

  1. ​SITUAÇÃO

De acordo com a informação disponibilizada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), prevê-se a continuação de tempo quente e seco para os próximos dias, a prolongar-se previsivelmente até dia 15 de julho, destacando-se:

 

Humidade Relativa do Ar inferior a 20% na generalidade do território com fraca recuperação noturna (inferior a 30% em alguns locais do Vale do Tejo e Alto Alentejo).

Vento do quadrante leste, tipicamente mais intenso (até 45 km/h) nas terras altas até meio da manhã e a partir do final do dia, soprando temporariamente de noroeste no litoral durante a tarde e de sudoeste na costa sul.

​Subida gradual e generalizada da temperatura, com valores de máximas acima de 40ºC nas regiões Centro e Sul e interior Norte. Temperaturas mínimas acima de 20ºC em várias regiões, podendo atingir 22ºC a 25ºC em alguns locais.

 

 

  1. EFEITOS EXPECTÁVEIS

Aumento da dificuldade das ações de supressão aos incêndios rurais em consequência do aumento da temperatura e da baixa humidade relativa do ar.

 

 

  1. MEDIDAS PREVENTIVAS

No âmbito da Declaração da Situação de Alerta, prevista na Lei de Bases de Proteção Civil, serão implementadas as seguintes medidas de caráter excecional:

1) Proibição do acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais previamente definidos nos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios, bem como nos caminhos florestais, caminhos rurais e outras vias que os atravessem;

2) Proibição da realização de queimadas e queimas de sobrantes de exploração;

3) Proibição de realização de trabalhos nos espaços florestais com recurso a qualquer tipo de maquinaria, com exceção dos associados a situações de combate a incêndios rurais;  

4) Proibição de realização de trabalhos nos demais espaços rurais com recurso a motorroçadoras de lâminas ou discos metálicos, corta-matos, destroçadores e máquinas com lâminas ou pá frontal.

5) Proibição total da utilização de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos, independentemente da sua forma de combustão, bem como a suspensão das autorizações que tenham sido emitidas;

A proibição não abrange:

1) Os trabalhos associados à alimentação e abeberamento de animais, ao tratamento fitossanitário ou de fertilização, regas, podas, colheita e transporte de culturas agrícolas, desde que as mesmas sejam de carácter essencial e inadiável e se desenvolvam em zonas de regadio ou desprovidas de florestas, matas ou materiais inflamáveis, e das quais não decorra perigo de ignição;

2) A extração de cortiça por métodos manuais e a extração (cresta) de mel, desde que realizada sem recurso a métodos de fumigação obtidos por material incandescente ou gerador de temperatura;

3) Os trabalhos de construção civil, desde que inadiáveis e que sejam adotadas as adequadas medidas de mitigação de risco de incêndio rural.

 

 

  1. DETERMINAÇÕES OPERACIONAIS

A ANEPC determinou a passagem ao Estado de Alerta Especial (EAE), nível LARANJA, para o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), entre o período compreendido entre as 00:00 horas do dia 08 de julho e as 23:59 do dia 15 de julho, para os distritos de BragançaCastelo BrancoGuarda, Santarém, Vila Real e Viseu e de nível AMARELO para os restantes distritos.