O centenário do folclore na freguesia de Casal Comba vai ser comemorado com dois momentos culturais. Este domingo, dia 19 de junho, às 19h00, decorrerá um «cortejo etnográfico lembrando todos os grupos que fizeram de Casal Comba a “terra de folclore”». Na próxima sexta-feira, 24 de junho, às 22h00, realizar-se-á um Festival de Folclore que junta, para além do Rancho de São João, o Rancho Ta-Mar da Nazaré e o Grupo Regional da Pampilhosa do Botão.

Ao «Bairrada Informação», Augusto Mamede, presidente da direção do Rancho de São João, em Casal Comba, entidade organizadora da iniciativa, explica que a coletividade «tem em fotografia todos os grupos que existiram em Casal Comba» – nomeadamente imagens do Rancho de São João em 1922, «Os corações da Mocidade» e das «Estrelas» – e que, por isso, no desfile «haverá um estandarte para cada grupo referente a cada década».

Os estandartes serão transportados por elementos do Rancho de Casal Comba, que também vão tocar e cantar o hino de São João. No final, serão também transportadas diversas alfaias.

O cortejo sairá da Igreja de Casal Comba dirigindo-se para o Largo do Chafariz. «Seguirá o percurso das procissões antigas, indo pela rua por detrás das casas até ao Largo da Rua do Marco, voltando depois até ao Largo da Igreja, novamente», explica Augusto Mamede, adiantando que irão em desfile cerca de quatro dezenas de participantes. No final, haverá danças e uma sardinhada.

Já o Festival, que decorre no dia de São João, 24 de junho, será à porta da Igreja, «no mesmo sítio em que decorreu há cem anos» e conta com a participação de trinta pessoas de cada grupo: do Rancho São João, do Rancho Ta-Mar da Nazaré e do Grupo Regional da Pampilhosa do Botão.

Também este ano, mas a 15 de agosto, o Rancho São João «fará um pequeno apontamento, como era habitual nesta altura do ano, antes da pandemia». «Não vamos fazer as Tasquinhas, porque não temos tempo, mas iremos ter um barzinho», diz Augusto Mamede, garantindo que «o setor dos ranchos não atravessa uma boa fase. Contactamos ranchos para virem cá e está tudo muito parado por todo o país».

 

Texto de Mónica Sofia Lopes

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