Está tudo a postos para o início da execução das ações de controlo e contenção de espécies invasoras da flora ripícola que a Câmara de Cantanhede adjudicou por cento e vinte mil euros, valor comparticipado a 80% pelo Fundo Ambiental, nos termos da aprovação da candidatura elaborada para o efeito pelo Gabinete Técnico Florestal da autarquia cantanhedense.

O prazo da intervenção, que começou a contar aquando da assinatura do respetivo auto de consignação, que decorreu no Salão Nobre da Autarquia e teve a presença da presidente da Câmara de Cantanhede, Helena Teodósio; do vereador Adérito Machado; e dos presidentes das Juntas de Freguesia abrangidas por estas ações.

As ações a desencadear neste âmbito estão previstas no projeto denominado “Na Margem”, cujo objetivo é assegurar o controlo, a contenção ou a erradicação de espécies exóticas invasoras ripícolas (flora) existentes nos leitos e margens das ribeiras da Varziela e da Corujeira e das valas da Veia e dos Moinhos, que se desenvolvem numa extensão de 27,5 quilómetros, nas freguesias de Cantanhede e Pocariça, São Caetano, Cadima, Tocha e Sanguinheira.

“O projeto de recuperação e valorização ecológica e paisagística das linhas de água pretende devolver às galerias ripícolas intervencionadas o melhor estado de conservação e naturalização necessários à sua capacidade de renovação e equilíbrio ambiental, salvaguardando a preservação dos valores paisagísticos, ecológicos e culturais associados a estes sistemas naturais, de elevada importância no concelho de Cantanhede”, lê-se numa nota municipal, que acrescenta que se prevê “uma intervenção em 55 hectares, com o objetivo de evitar a proliferação de espécies invasoras que ameaçam os ecossistemas, os habitats e a biodiversidade, conforme estabelece a Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e Biodiversidade 2030 (ENCNB 2030) e de acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”.

Neste âmbito, recorde-se que decorreram já, nos meses de março e abril, várias ações de informação pública sobre o projeto e os trabalhos que serão desenvolvidos nos leitos e margens das ribeiras e valas referidas anteriormente e sensibilização para a problemática associada à ocorrência das espécies invasoras.