O novo edifício da Câmara da Mealhada deverá estar pronto dentro de dois anos. O auto de consignação da obra, que ascende a 5,7 milhões de euros, foi assinado na manhã de ontem, após a apresentação pública do projeto. O que se sabe para já, é que vai nascer um edifício de quatro pisos, no centro da cidade, num local contíguo aos Paços do Concelho, com capacidade para albergar a generalidade dos serviços camarários, atualmente dispersos em diversos locais.

«O novo edifício irá ocupar uma área de cerca de quatro mil metros quadrados de construção, divididos em quatro pisos, do rés-do-chão ao terceiro andar.  No piso 0, sobressai uma praça coberta – e átrio – que acolherá o público e que permitirá, inclusive, a realização de alguns eventos. Também será aqui que se situará a generalidade dos postos de atendimento ao público, facilitando o acesso dos munícipes aos diversos serviços (águas, secretaria, etc.)», lê-se num comunicado da Autarquia, sobre o rés-do-chão, que terá ainda salas de reunião e os gabinetes, com entradas autónomas, da Ação Social e da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens. «Uma solução o mais aberta possível, que está limitada a nove lugares de estacionamento», referiu Elói Pereira, do gabinete de arquitetura Arquigrupo, responsável pelo projeto.

No primeiro andar existirá um átrio amplo; os gabinetes de informação, formação e dos sectores de educação, cultura e desporto; e uma sala de convívio com terraço voltado a Norte. No segundo andar serão as secções do planeamento urbanístico e das obras particulares e municipais. No piso 3 ficarão a divisão financeira, os recursos humanos, o departamento jurídico e contencioso, os gabinetes do executivo e o salão nobre. Comum em todos os pisos estão sanitários e arquivos.

«Um edifício, por fora muito monolítico, com arquitetura transparente, de forma a criar uma relação de proximidade com a população. Terá uma ótima classificação energética e produção fotovoltaica para autoconsumo», explicou ainda Elói Pereira.

António Jorge Franco, presidente da Câmara da Mealhada, confessou ser «um prazer enorme estar aqui, hoje, como presidente para ver esta obra física começar. É o primeiro dia do início de uma fase que vamos ter daqui a três anos». Para o autarca esta será uma obra que dignificará «o Município e quem trabalha na Autarquia, disponibilizando qualidade de trabalho e de vida».

O edil recordou ainda que este foi um processo iniciado em 2003, numa altura em que já se sentia a necessidade do novo edifício. «Foi feito um projeto inicial mais amplo que incluía regeneração urbana, mas que foi, mais tarde, abandonado pelo anterior executivo. Avançou-se para esta nova solução e temos que a concretizar porque, de facto, na região, não deve haver nenhum edifício municipal tão degradado como o nosso», afirmou o autarca, descrevendo: «Quando cheguei aqui recentemente a este edifício, vi um espaço degradado, com tetos caídos».

«Estamos a fazer um esforço para que se façam aqui pequenas obras (no atual edifício camarário), uma vez que que estar digno para continuar a receber pessoas. Ninguém o quer ao abandono», referiu António Jorge Franco.

 

Mónica Sofia Lopes