A Assembleia Municipal de Anadia aprovou, por unanimidade, na sua sessão do passado dia 28 de abril, uma moção, apresentada pela bancada municipal do Movimento Independente Anadia Primeiro, de apoio ao Estado e ao povo da Ucrânia.
Os deputados municipais “repudiam” e “condenam” a agressão militar à Ucrânia por parte da Rússia. “Para além do repúdio e condenação desta cruel e criminosa invasão, a Assembleia Municipal manifesta o seu total apoio e solidariedade ao Estado e Povo da Ucrânia”, pode ler-se no documento.
A Assembleia Municipal de Anadia manifesta assim “a sua solidariedade para com todas as pessoas em território russo que, com grande coragem, têm expressado a sua condenação pela ingerência e submissão violenta e forçada da Federação Russa ao Estado da Ucrânia”.
O plenário pretende com este gesto, “reforçar e afirmar de forma formal e oficial” a solidariedade que o povo de Anadia já evidenciou em campanha articulada entre o Município e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Anadia.
Na Moção pode ainda ler-se que “Anadia está solidária com o sofrimento do povo da Ucrânia assim como está e estará decerto solidária com todos os povos que são ou venham a ser espoliados da sua condição de livres e independentes”.
Recorde-se que a Federação Russa iniciou a 24 de fevereiro de 2022, em clara violação do Direito Internacional, da Carta das Nações Unidas e da Declaração Universal dos Direitos Humanos, uma invasão ilícita da Ucrânia, país soberano, democrático e independente. Esta invasão já causou a morte de milhares de civis inocentes, tem prosseguido o seu curso de destruição em flagrante desrespeito e desprezo pela vida humana, pela paz e pela liberdade e coexistência pacífica entre os povos.
A Moção vai agora ser enviada à Embaixada da Ucrânia em Portugal, à Associação dos Ucranianos em Portugal e à Comunicação Social.
PCP lamentou moção ter sido aprovada sem debate
Na sessão da Assembleia Municipal, que se realizou na tarde do passado dia 28 de abril, Rui Bastos, da bancada do PCP, lamentou “não ter havido debate antes da aprovação da moção”. “Isto é fora do procedimento habitual. Numas situações dá-se voz ao plenário e noutras não”, disse ainda.