O projeto para o Teatro Avenida no Luso, designado pelo anterior executivo de «Sala Polivalente», já foi analisado pelo atual executivo liderado por António Jorge Franco. “Ficámos preocupados com o projeto e consideramos que não servirá a população do Luso, os turistas e o concelho. Seria nada mais do que um casino e isso já temos no Luso”, disse, na última Assembleia Municipal da Mealhada, o presidente da Autarquia, defendendo para ali “um espaço mais digno” do que o projetado.

Para o edil, “o Luso não precisa de dois espaços idênticos, mas de um polo de cultura”. “Ali, não tem sequer uma caixa de palco e a plateia, com 127 lugares, tem cadeiras soltas que depois de cada espetáculo se arrumam”, explicou ainda António Jorge Franco, enfatizando que o local “não tem condições de se fazer lá um grande teatro”.

Para além disso, afiança também o autarca de que se trata de uma obra “no valor de três milhões de euros”: “Estas obras são pagas por todos nós. Estaremos disponíveis para pagar algo idêntico ao que já existe?”. “Na minha opinião teremos sim que gastar mais algum dinheiro e rever o projeto, que nem um bar tem, apenas uma máquina de vending”.

Recordamos os nossos leitores que o anteprojeto do espaço foi apresentado, na Junta de Freguesia de Luso, em setembro de 2017, por Jaime Eusébio, da Cotefis – Gestão de Projectos. Nessa altura o arquiteto garantiu que o essencial era “cumprir as leis de acessibilidades e de segurança, ter instalações sanitárias, escadas e um elevador multi-cargas que pode transportar até mil quilogramas”. Para além disso, era expectável que o espaço servisse para danças de salão, cinema e/ou teatro, levando a uma estrutura onde tudo seja amovível e desmontável, tanto o palco como o mobiliário, e onde seriam criados “espaços de arrumação para quando se tirar o mobiliário”.

 

 

Texto de Mónica Sofia Lopes

Imagem de capa de Arquivo captada por José Moura